Em 2020, o mundo foi surpreendido por uma pandemia que afetou todos os setores. O agronegócio, mesmo passando por momentos críticos e de instabilidade, conseguiu se destacar com modernização e pioneirismo.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o ano teve saldo positivo, mas passou por aumento de preços dos produtos, redução de parte do consumo e grande impacto aos produtores gerado pelo aumento das taxas de câmbio.
Mudanças apresentadas pelo governo
Para tentar driblar as consequências negativas geradas pela pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instituiu uma série de decretos para facilitar a vida do produtor rural, atitude que se mostrou essencial para o sucesso do setor.
Entre as iniciativas criadas pelo governo estão:
- linha de crédito especial para os produtores agrícolas, que contaram com mais prazo de financiamento;
- cartilhas de orientações da covid-19 com educação de toda cadeia produtiva do agronegócio, de produtores a vendedores;
- abertura de 100 mercados internacionais com novos produtos sendo negociados no mercado externo;
- modernização do campo com as plataformas Id Agro e PronaSolos, que auxiliam o controle dos agricultores, além de dar assistência técnica digital para melhorar a produtividade do campo;
- Programa Nacional de Bioinsumos, que promove o uso de 76 defensivos com baixo impacto nos alimentos, para evitar contaminações.
Resultados positivos de 2020
Com as ações governamentais e o mercado externo aquecido, agricultores conseguiram encontrar novas formas de manter a produção evoluindo, equilibrando ações mais sustentáveis com o aumento da produtividade. Além das iniciativas do governo, os produtores puderam comemorar o fato de Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e algumas regiões do Amazonas e do Mato Grosso estarem livres da febre aftosa.
O mercado internacional foi outro grande destaque do agronegócio em 2020. Segundo Lígia Dutra, superintendente de relações internacionais da CNA, “a cada US$ 10 exportados pelo Brasil, US$ 5 foram do agronegócio”, representando 58% das exportações nacionais. E os principais destinos dos produtos brasileiros foram, em ordem, China, União Europeia, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, que totalizaram 68% dos negócios internacionais do Brasil.
Aspectos negativos do ano
Entre os setores que tiveram um 2020 não tão próspero, destacam-se as pecuárias leiteira e de corte, que acabaram custando mais aos produtores do que gerando lucros. Assim, 2021 deve ser um ano de recuperação para esses grupos.
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Fonte: Governo Federal e CNA Brasil.