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Qual é a previsão para o milho safrinha em 2022?

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No início de 2022, as cotações para o milho em algumas regiões do Brasil chegaram a R$ 100 por saca. Foi o caso do Rio Grande do Sul, onde a seca reduziu a oferta do grão no mercado. Em março, as cotações recuaram um pouco, mas ainda continuaram elevadas. Será que existe possibilidade da manutenção desses preços internos acima da média para o milho da safrinha 2022?

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Clima afeta produção de milho na safra 2019/2020

Na safra 2020/2021, a falta de chuvas foi a grande responsável pelas quedas produtivas. Como resultado, a produção total do grão foi de cerca de 87 milhões de toneladas, 15% a menos quando comparado à safra 2019/2020. Por isso, o valor elevado na comercialização das sacas no início do ano foi justificado pela alta demanda e pelo baixo estoque.

Previsão do clima para a safrinha 2022

Milho de segunda safra era conhecido como milho safrinha. (Fonte: Shutterstock)

Normalmente, o milho safrinha é cultivado entre janeiro e abril, logo após a soja. Devido à semeadura fora da época recomendada (safra verão), esse milho é muito influenciado pelo regime de chuvas, temperaturas e radiação solar. Quanto mais tarde é o plantio, maior é o risco de perdas por adversidades climáticas.

Com a colheita da soja finalizada em várias regiões do Brasil, o plantio do milho de segunda safra segue adiante. O Mato Grosso já conta com mais de 94% de área plantada. Porém, Minas Gerais e o sul da Bahia estão a pelo menos 30 dias sem chuvas, o que dificulta o desenvolvimento da safra de milho na região.

Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul finalizaram março e iniciaram abril com boas precipitações, afastando a previsão de quebra de safra para a Região Sul. Mesmo com alguma dificuldade na colheita da soja devido às chuvas, há perspectiva de boa umidade no solo para a semeadura do milho de segunda safra.

Área plantada e produtividade para o milho de segunda safra

Safra recorde: segunda safra de milho terá aumento de quase 30%. (Fonte: Shutterstock)

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão de área plantada é de cerca de 16 milhões de hectares, com acréscimo de quase 7% em comparação à safra 2019/2020. Apesar de um começo de ano com previsões ruins para a produção agrícola brasileira, o atual momento passa certa tranquilidade quanto à produção.

A Conab estima que a produção de milho de segunda safra terá aumento de quase 30%, podendo chegar à marca recorde de 86 milhões de toneladas de grãos. A produtividade brasileira segue pouco acima da média das últimas quatro safras, com cerca de 5,3 mil quilos por hectare.

O plantio da safrinha 2022 está em franca expansão pelo País. A Região Centro-Sul já conta com quase 100% da área estimada semeada. No mesmo período da safra anterior, a semeadura atingiu cerca de 95%.

Expectativas frente ao preço dos insumos agrícolas

O conflito entre Rússia e Ucrânia ainda surte efeitos no preço dos insumos e das exportações, segundo o Rabobank. A guerra influencia o preço de fertilizantes como nitrogenados e potássicos e do diesel. A Ucrânia, grande exportadora global do cereal, segue com os portos fechados, o que pode fazer que os preços do milho se mantenham elevados no mercado mundial.

Leia mais: Guerra na Ucrânia impacta agro e preços de alimentos no Brasil

Apesar das dificuldades, o produtor rural segue confiante e atento às projeções do mercado para o milho de segunda safra com boas perspectivas quanto ao preço do grão. As novas previsões lembram a safra 2018/2019, período em que o Brasil mais exportou o grão.

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Fonte: CONAB, RABOBANK, CEPEA/ESALQ, AGROCLIMA Climatempo.

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