Ícone do site Canal Agro Estadão

Preço da manga se recupera e alivia produtores

Quer impulsionar seus negócios? Se inscreva no Summit Agronegócio, evento que reúne os maiores especialistas em agro do País.

***

No início da primavera, o pico da safra da manga costuma derrubar os preços da fruta. No entanto, este ano, os refugos das exportações, especialmente para os Estados Unidos, em conjunto com o aumento da oferta do produto fizeram o valor da fruta despencar abaixo dos custos de produção.

A cotação da tommy no Vale do São Francisco chegou a cair 23,4% em setembro quando comparado ao mês de agosto, de acordo com o Hortifruti/Cepea (Hf Brasil). No início de outubro, a fruta foi comercializada na média de R$ 0,72/kg, abaixo do custo médio unitário calculado em agosto, que foi de R$ 0,78/kg.

Na semana de 12 a 16 de outubro, os preços no Vale do São Francisco voltaram a subir depois de quase um mês de quedas sucessivas, para alívio dos produtores. A tommy apresentou alta de aproximadamente 24% em relação à semana anterior, fechando R$ 0,81/kg; enquanto a palmer teve média de R$ 1,15/kg, uma elevação de 7,5%.

Alta da manga não deve continuar

Exportações de manga cresceram 69% em setembro quando comparadas a agosto. (Fonte: Shutterstock)

Apesar da alta, os preços não devem continuar subindo em um curto prazo, por conta da perspectiva de manutenção da boa produtividade e qualidade da colheita para as próximas semanas. Isso deve impedir a retomada dos preços, e os valores devem oscilar na faixa do último mês.

Leia também: Como montar um sistema orgânico de manga

Esse comportamento foi notado na terceira semana de outubro, quando os preços da tommy voltaram a cair, sendo cotados em médio a R$ 0,73/kg. O valor médio da palmer ficou praticamente estável no mesmo período, sendo cotada a R$ 1,16/kg, de acordo com a Hf Brasil. 

Influência do clima

Produção em São Paulo foi atingida por conta da falta de chuvas, mas clima segue normal no Vale do São Francisco. (Fonte: Shutterstock)

A ausência de chuvas em São Paulo pode afetar a produção de mangas do Estado. Os pomares paulistas estão em fase de enchimento, quando as precipitações são essenciais, já que a maioria das áreas não é irrigada. Com isso, a produtividade na principal região produtora de SP, a praça Monte Alto/Taquaritinga, pode ser atingida.

Na região, as florações foram positivas nos pomares de tommy, mas limitadas nos de palmer, uma vez que muitas áreas vegetaram em vez de florir. O clima mais quente acelerou o processo de amadurecimento das duas variedades, o que deve permitir o início da comercialização no estado já neste mês.

Já o clima na região do Vale do São Francisco está dentro do normal para a época, com altas temperaturas e poucas chuvas, cenário positivo para o desenvolvimento das mangueiras e para o controle fitossanitário.

Quer saber mais sobre o cultivo de mangas? Inscreva-se no Summit Agro, evento que reúne os maiores especialistas em agronegócio do Brasil.

Fonte: Notícias Agrícolas, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Hf Brasil.

Sair da versão mobile