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A Petrobras informou, por meio de um comunicado oficial no site Petrobras Investidores, que não conseguirá atender à demanda de fornecimento de combustível para o mês de novembro.
A estatal definiu o tamanho dos pedidos como “atípico” e muito acima da capacidade de produção. O anúncio da petroleira ainda suscita um alerta para uma possível crise de abastecimento no Brasil.
Comunicado da Petrobras
No comunicado, a estatal informou que os pedidos de fornecimento para o próximo mês são muito altos, com volumes acima dos meses anteriores e da capacidade de produção para novembro. Em comparação com o mesmo período do ano passado, os valores pedidos representam um aumento de volume de 20% nos pedidos para o diesel e 10% nos pedidos para a gasolina.
Segundo a petroleira, o tempo também é muito curto para gerar combustível suficiente para atender aos pedidos. Dessa forma, a Petrobras esclarece que só seria capaz de suprir a demanda caso as solicitações tivessem sido feitas com bastante antecedência.
Na semana passada, a situação já apresentava sinais problemáticos. Isso porque a Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) havia comunicado que a estatal teria avisado sobre uma “série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel [para o mês de novembro]”.
Para concluir, a petroleira deixou claro que “segue atendendo aos contratos com as distribuidoras de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade. Além disso, a Companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias”.
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Risco de desabastecimento
Na perspectiva da Brasilcom, a crise de abastecimento seria consequência de uma soma de fatores. O primeiro deles seria a incapacidade da Petrobras em suprir a demanda de fornecimento de combustível.
A associação entende que a decisão da Petrobras pode colocar o Brasil em situação de desabastecimento. Isso porque a petroleira teria promovido reduções altíssimas nos pedidos de fornecimento, que chegam a até 50% do volume solicitado em alguns casos.
O segundo fator faz referência aos altos preços do mercado internacional. Segundo a Brasilcom, os patamares são muito superiores aos brasileiros e, por conta disso, as empresas não estão conseguindo comprar combustível no exterior. A consequência pode ser uma situação crítica no abastecimento de novembro.
Fonte: Agência Destaque, Comunicado Petrobras.