Mulheres no agronegócio: o sucesso feminino no campo

1 de abril de 2021 3 mins. de leitura
De acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, mulheres já são responsáveis por 34% dos cargos gerenciais no agronegócio brasileiro

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As mulheres têm conquistado cada vez mais lugares de destaque em diversos setores da sociedade, e no agronegócio não é diferente. Com as mudanças estruturais ocorridas na sociedade brasileira durante os últimos séculos, elas se tornaram mais participativas no mercado de trabalho e no controle das operações.

Se um dia as posições de chefia foram exclusivas dos homens, esse cenário tem mudado aos poucos. Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas de 2018, as mulheres já ocupam 34% dos cargos gerenciais no agronegócio no Brasil. Atualmente, quase 1 milhão de mulheres dirigem propriedades rurais no País.

Participação feminina no agro

No Brasil, quase 1 milhão de mulheres são proprietárias de terras agrícolas. (Fonte: Shutterstock)
No Brasil, quase 1 milhão de mulheres são proprietárias de terras agrícolas. (Fonte: Shutterstock)

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a Taxa de Participação Feminina na Força de Trabalho (TPFT) cresceu 3% entre 2002 e 2015, alcançando a marca de 40%.

O número se mostra ainda mais relevante quando comparado com o cenário histórico do agronegócio, no qual as mulheres tinham participação relativamente baixa em décadas anteriores. A luta pela construção de um espaço igualitário no mercado de trabalho tem mostrado resultados, e elas conseguiram quebrar diversas barreiras.

No Censo Agropecuário do IBGE de 2017 foi possível identificar que 947 mil mulheres estão no comando de propriedades rurais no Brasil em um universo de 5,07 milhões de pessoas. Nesse número, 57% estão concentradas no Nordeste do País.

Espaço para crescimento

Em meio às oportunidades, mulheres ainda são minoria em cargos de liderança. (Fonte: Zoteva/Shutterstock)
Em meio às oportunidades, mulheres ainda são minoria em cargos de liderança. (Fonte: Zoteva/Shutterstock)

Mesmo que os números hoje sejam animadores, ainda existe muito espaço para melhorias. Atualmente, as mulheres administram cerca de 30 milhões de hectares, o que representa apenas 8,5% do espaço agrícola existente no Brasil. Além disso, elas são proprietárias de 19% dos estabelecimentos identificados pelo Censo Agropecuário 2017, enquanto os homens detêm 81% das operações.

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Outro ponto importante é que as mulheres acabam tendo que lidar com outras funções no dia a dia. A grande maioria delas precisa equilibrar várias frentes e atuar como proprietária, administradora, mãe e dona de casa. De acordo com um estudo feito pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), 71% das mulheres ligadas ao agronegócio têm múltiplas tarefas e responsabilidades. 

Luta contra o preconceito

90% dos cargos de liderança no Brasil são exercidos por homens. (Fonte: Shutterstock)
90% dos cargos de liderança no Brasil são exercidos por homens. (Fonte: Shutterstock)

A jornada para chegar a um cargo de liderança normalmente é um caminho tortuoso para a maioria das mulheres brasileiras. Segundo os dados apurados pela consultoria em marketing digital TRIWI, elas estão presentes em apenas 10% das posições de chefia no País.

O estudo Representatividade das Mulheres nas Empresas mostra que não há mulheres exercendo qualquer cargo de chefia em 27,4% das empresas brasileiras. Para piorar a situação, elas têm salário inferior ao dos homens em 46,8% das 2.542 companhias analisadas na pesquisa.

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Fonte: SA Varejo, Embrapa, Cepea, Jornacitec.

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