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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram a continuidade da força do agronegócio em Goiás. Segundo dados dos órgãos, os empregos em lavouras temporárias foram destaque na criação de vagas.
Entre janeiro e setembro de 2022, Goiás criou 8.158 vagas de trabalho em lavouras temporárias, número que representa 69,3% das vagas criadas no setor agropecuário. A soja e a cana-de-açúcar foram os cultivos com maior demanda de mão-de-obra, criando 2.232 e 2.229 vagas, respectivamente, e outro destaque foi o cultivo de alho, que gerou 1.562 vagas de emprego.
Os dados do Novo Caged trazem outras informações importantes para o setor: nos nove primeiros meses do ano, Goiás criou 11.759 postos de trabalho formais registrados na CLT, com isso, o Estado chegou a marca de 121.940 trabalhadores celetistas no agronegócio.
O número é expressivo e demonstra a força do setor no Estado, que continuou gerando vagas mesmo com a pandemia e o efeito do conflito do Leste Europeu. Em 2020, eram cerca de 103 mil trabalhadores celetistas no agronegócio goiano, e em 2021 o número chegou a 110 mil.
Os setores que mais se destacaram fora do grupo de lavouras temporárias foram “atividades de apoio à agricultura e à pecuária”, com 3.212 vagas, e “pecuária”, que criou 1.380 vagas formais entre janeiro a setembro deste ano. Além disso, a “horticultura e floricultura” somou 1.000 vagas nos postos de trabalho criados.
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O que são lavouras temporárias?
As lavouras temporárias são aquelas cujo ciclo vegetativo do cultivo escolhido para a produção é de curta ou média duração, em geral inferior a um ano. Nesse tipo de cultura, após a colheita é preciso fazer o replantio das mudas.
No Brasil, as culturas mais plantadas são de lavouras temporárias, entre elas a soja, o milho, o arroz, a cana-de-açúcar e o feijão. Outros exemplos de lavouras temporárias são de plantas como algodão herbáceo, trigo, amendoim, alho, batata-doce, batata-inglesa, cebola, ervilha, girassol, abacaxi, melancia, centeio, cevada, aveia e muitas outras.
Diferentemente das lavouras temporárias, as lavouras permanentes são aquelas cujas plantas permanecem fixadas ao solo após a colheita. O ciclo vegetativo é longo e essas plantas rendem colheitas sucessivas, durando em média quatro anos. São exemplos de lavouras permanentes o café, o algodão arbóreo, a laranja, o abacate, o açaí, a banana, a goiaba, a azeitona, o cacau, a erva-mate, entre outras.
Lavouras temporárias são as com maior Valor Bruto de Produção
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as lavouras temporárias não são as mais importantes apenas em área plantada, elas também são as que mais movimentam dinheiro no Brasil. A mais importante é a soja, com Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 351,99 bilhões. Fechando o top 3 temos o milho, com VBP de R$ 163,84 bilhões, e a cana-de-açúcar, com VBP de R$ 118,90 bilhões.
Entre as dez culturas com maior Valor Bruto de Produção, aparece em quinto lugar, o algodão (VBP de R$ 42,07 bilhões), em sétimo lugar o tomate (VBP de R$ 17,82 bilhões), o arroz em oitavo lugar (VBP de R$ 16,65 bilhões), e o feijão, em nono lugar (VBP de R$ 15,68 bilhões), todos vindos de lavouras temporárias.
Já entre as lavouras permanentes, as que tem maior Valor Bruto de Produção são o café, a laranja e a banana. O café é a quarta cultura com maior VPB em números gerais no Brasil, movimentando R$ 66,78 bilhões, a laranja é o sexto, com VBP de R$ 19,17 bilhões e, em décimo, fica a banana, com VBP R$ 15,60 bilhões.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), IBGE
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