Ícone do site Canal Agro Estadão

La Niña pode afetar agronegócio até primavera

3d Rendering of pathway in the middle of withered cornfield in front of dramatic sky. Selective focus

Conheça o mais relevante evento sobre agronegócio do País

Os efeitos do La Niña devem ser sentidos até a primavera no Hemisfério Sul, de acordo com o novo relatório do modelo meteorológico da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOOA). Caso o prognóstico seja confirmado, o agronegócio brasileiro deve ser atingido tanto no fim da safra 2020/2021 quanto no início da próxima colheita de verão.

O fenômeno meteorológico começou a ser sentido em outubro de 2020 com forte estiagem e atraso no plantio da atual safra de grãos. Meteorologistas afirmam que há grande possibilidade de o resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico perder força no meio do ano, mas os efeitos devem ser intensificados ao longo do segundo semestre. Com isso, 2021 poderá registrar novos recordes de calor.

Leia também:
Qual será a principal influência no clima em 2021?
Quais são as tendências para o agronegócio em 2021?
Conheça os efeitos do La Niña no agronegócio do Brasil

Efeitos do La Niña no agronegócio

Se a influência do La Niña persistir até a primavera, o plantio de soja da safra 21/22 pode ser prejudicado pela estiagem. (Fonte: Shutterstock/sima/Reprodução)

De forma geral, mesmo sob a influência do acontecimento climático, o regime de chuvas no período úmido de 2021 no Centro-Oeste, no Sudeste, no Nordeste e no Norte não deve ser alterado. Entretanto, a continuidade do evento poderá afetar profundamente as condições do próximo período de estiagem, como ocorreu no último ano.

Nos próximos meses, o La Niña deverá provocar forte invernada em boa parte do Centro-Oeste, do Triângulo Mineiro e da região do Matopiba. As precipitações ficarão acima da média com volumes até 120 milímetros superiores à média local. Isso deverá atrasar a colheita da soja, bem como o transporte dos grãos aos portos.

O Sul poderá sofrer com o excesso de chuvas no primeiro semestre, especialmente no Rio Grande do Sul. No inverno, a tendência se inverterá, e chuvas irregulares poderão afetar os reservatórios e as lavouras de arroz. Na primavera, o fenômeno possivelmente continuará sua influência, retardando a chegada do período chuvoso, o que deverá atrasar, mais uma vez, o plantio da soja.

Precauções com o clima

Produtos do Mato Grosso do Sul devem plantar milho até março para fugir de possíveis geadas. (Fonte: Shutterstock/Vinicius Abe/Reprodução)

Produtores deverão se precaver para evitar prejuízos nas lavouras. Nas regiões com previsão de precipitações acima da média climatológica, sojicultores precisarão programar as operações de colheita e evitar a dessecação das lavouras durante as chuvas. Nos locais com o tempo mais seco, a estiagem poderá ser aproveitada para garantir a colheita da soja com menores perdas.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) prevê chance de 75% da ocorrência de pelo menos uma geada no Mato Grosso do Sul. Para diminuir as perdas na safrinha do milho, produtores deverão evitar prolongar o plantio e optar por utilizar ferramentas de monitoramento climático.

Não perca nem um fato que acontece no agronegócio. Inscreva-se em nossa Newsletter.

Fonte: Midia Max, Governo do Mato Grosso do Sul.

Sair da versão mobile