Como o ozônio pode ajudar a agricultura?

1 de junho de 2022 4 mins. de leitura
Conheça as técnicas que utilizam ozônio na agropecuária e como elas podem gerar benefícios para o produtor rural

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A aplicação de gás ozônio no meio rural tem se mostrado benéfica no Brasil. Pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos validaram uma nova tecnologia que usou a aplicação do gás pós-colheita para reduzir microtoxinas e fungos em grãos de milho em 2019.

O ozônio também serve como alternativa para aqueles que desejam purificar o ar e diminuir o uso de agroquímicos. Esse tipo de procedimento pode ainda mitigar as perdas nas lavouras. Conheça mais vantagens do uso de gás ozônio no campo.

Uso recente do ozônio na agricultura

Produtores rurais podem usar o gás ozônio nas plantações para diminuir as aplicações de defensores agrícolas. (Shutterstock/Reprodução)

O ozônio está presente sem nem mesmo notarmos, afinal é a camada de ozônio que protege a Terra e os seres humanos dos raios ultravioleta, além de ser o responsável por fazer que a cor do céu seja azul. Para quem trabalha com agricultura, ele também pode ser um grande aliado.

Nesse segmento, esse gás atua como um defensor contra bactérias, vírus e fungos, sem contar que é a única solução verdadeiramente sustentável para o tratamento de água e gases. Assim, é interessante que os produtores rurais estejam a par das últimas novidades tecnológicas que envolvam essa substância.

Em Santa Catarina, diversos agricultores passaram a usar ferramentas de plasma frio — que produz ozônio — nas lavouras. Nesses casos, o gás é adicionado à água usada na irrigação da plantação para atacar os microrganismos que causam doenças nas mudas. Como os patógenos geralmente estão presentes na água, ela se torna uma opção viável e efetiva para diminuir eventuais problemas nas safras.

Aplicação de ozônio no mercado internacional

Além de sustentável, o ozônio é altamente eficaz contra vírus, bactérias e pragas. (Shutterstock/Reprodução)

O ozônio é reconhecido como uma substância segura para a sanitização de alimentos há algum tempo pela Food and Drug Administration (FDA), órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos. Além disso, essa é uma tendência que tem se expandido cada vez mais para outros países.

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Houve um crescente interesse na aplicação do gás no processamento de alimentos nos últimos anos, sobretudo devido à alta eficácia mesmo em baixas concentrações e por precisar de pouco tempo de contato para atuar. O ozônio também é um produto que se decompõe rapidamente em subprodutos não tóxicos.

Essas são algumas das razões pelas quais o gás se tornou uma alternativa tão procurada para substituir os tradicionais tratamentos à base de cloro.

Vantagens do gás ozônio para produtores rurais

Utilização do gás ozônio nos campos garante um produto final de maior qualidade na mesa do consumidor. (Shutterstock/Reprodução)

Defensivos agrícolas são amplamente utilizados na agricultura e sua substituição completa nesse mercado é praticamente inviável. Entretanto, o uso de gás ozônio em detrimento dos agroquímicos não só gera resultados positivos como também é ecologicamente mais correto e não deixa vestígios nos produtos.

Em algumas produções, os agroquímicos continuam sendo usados regularmente, mas os alimentos chegam limpos à mesa do consumidor graças às técnicas que incorporam ozônio na água de irrigação, eliminando até 90% dos resíduos tóxicos. Outras vantagens a se destacar são:

  • eliminação eficaz de qualquer tipo de contaminação microbiológica;
  • preservação de microrganismos importantes para o solo;
  • diminuição da frequência de pulverização das plantas;
  • fortalecimentos dos grãos contra pragas;
  • ausência de contaminação química do solo.

Vale ressaltar que o gás ozônio não só aparece na indústria agropecuária, mas também é um elemento comum na indústria de bebidas para a higienização e a desinfecção de tanques e de outros utensílios que necessitam de limpeza profunda. Portanto, é de se imaginar o porquê de ele estar entrando em evidência nos últimos anos.

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Fonte: Ozônio Online, Embrapa, EBC

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