De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço dos alimentos sofreu alta de 2,54% em novembro, fazendo que o acumulado desde janeiro atinja a marca de 12,14%. Esse número é o maior registrado desde 2002, quando a inflação dos alimentos registrou aumento de 19,47%.
Vale ressaltar que ainda faltam os dados de dezembro, mas a tendência é que a subida se mantenha. Isso porque os fatores que beneficiam a inflação devem permanecer fortes, como a alta do dólar e a maior demanda por alimentos tanto no mercado externo quanto no interno.
Relação de oferta e demanda
A inflação dos alimentos no Brasil tem sido influenciada pela relação direta entre oferta e demanda das principais commodities agrícolas, como carnes e grãos. Com a alta do dólar e a instabilidade de mercado causada pela pandemia de coronavírus, produtores brasileiros são atraídos para a exportação em busca de melhor retorno para seus investimentos.
Ao mesmo tempo, no mercado nacional, a reabertura de estabelecimentos comerciais e postos de trabalho e o Auxílio Emergencial são fatores que têm contribuído para a recuperação do poder de compra dos consumidores, gerando aumento interno na demanda e impactando os preços e a disponibilidade dos produtos.
Com a segunda onda da pandemia registrada em grande parte dos países, é esperado que essa instabilidade na relação de oferta e demanda permaneça por um tempo. Desse modo, dezembro deve seguir a tendência de altas recordes, principalmente pelo aumento da procura e do consumo de alimentos de fim de ano.
49 alimentos que mais subiram em 2020 até novembro
Confira os 50 alimentos que mais sofreram com a alta da inflação em 2020 até o último registro de novembro.
- Óleo de soja (94,1%)
- Tomate (76,51%)
- Arroz (69,5%)
- Feijão-fradinho (59,97%)
- Batata-inglesa (55,9%)
- Laranja-lima (55,64%)
- Pimentão (49,75)
- Batata-doce (46,57%)
- Morango (42,49%)
- Feijão-preto (40,75%)
- Tainha (38,77%)
- Repolho (36,09%)
- Cenoura (34,41%)
- Feijão-mulatinho (32,6%)
- Fígado (31,07%)
- Maçã (30,2%)
- Carne de porco (30,05%)
- Banana-maçã (28,2%)
- Costela (26,4%)
- Mandioca (26,25%)
- Açaí (25,41%)
- Coentro (25,09%)
- Leite longa vida (24,97%)
- Laranja-baía (24,08%)
- Alface (23,38%)
- Músculo (22,92%)
- Salsicha em conserva (22,45%)
- Abobrinha (22,31%)
- Peito (22,13%)
- Tangerina (22,09%)
- Banana d’água (21,59%)
- Laranja-pera (21,29%)
- Pera (21,1%)
- Mamão (20,99%)
- Açúcar cristal (20,54%)
- Pepino (19,32%)
- Peixe pintado (19,29%)
- Peixe filhote (18,63%)
- Linguiça (17,87%)
- Cupim (17,65%)
- Manga (17,24%)
- Salame (17,02%)
- Acém (16,27%)
- Leite em pó (15,54%)
- Cebola (15,12%)
- Brócolis (15,08%)
- Limão (14,84%)
- Lagarto comum (14,81%)
- Peixe corvina (14,31%)
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Fonte: IBGE.