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Agronegócio lidera criação de empregos em 2020, diz CNA

Os indicadores de geração de empregos são mais um atestado do bom momento vivido pelo agronegócio brasileiro em 2020, mesmo em meio à pandemia de covid-19: foram criados 62,6 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, entre janeiro e junho, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Dessa forma, o agronegócio foi o único setor da economia brasileira a ter um resultado positivo nesse sentido, de acordo com a entidade.

Apenas em junho, foram criados 38,8 mil novos empregos formais em todo o País, nos diferentes setores do agronegócio — com 1,8 mil postos fechados, em compensação, mas ainda assim um resultado positivo. Embora a criação de bovinos (1.275 vagas) e de aves (792) tenham contribuído para esse saldo, o maior destaque na geração de empregos, nesses primeiros meses do ano, é a agricultura.

Agricultura impulsionou a geração de empregos no agronegócio. (Fonte: Pexels)

Agricultura impulsiona geração de postos de trabalho

Segundo os dados divulgados pela CNA — compilados a partir das informações públicas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia —, a agricultura gerou a maioria desses 38,8 mil novos postos de trabalho registrados em junho. Foram 9,8 mil em atividades de apoio à agricultura, 10,6 na produção de lavouras temporárias e 14,1 mil nas lavouras permanentes.

Entre as lavouras temporárias, destaca-se a soja, cuja produção deve bater o recorde em 2020 — a safra 2019/2020 está estimada em 120 milhões de toneladas, 5% a mais do que no ciclo anterior. Dessa forma, o Brasil retoma o posto de maior produtor de soja do mundo, até então ocupado pelos Estados Unidos. Entre os milhares de postos de trabalho gerados por essa cultura, a maioria surgiu em São Paulo e no Mato Grosso, segundo a CNA.

Soja, café e laranja estão entre as culturas que mais demandam trabalhadores. (Fonte: Pexels)

A demanda por trabalhadores nas lavouras permanentes se deu principalmente na produção de laranja (7.004) e de café (4.978 vagas). Novamente, o estado de São Paulo se destaca, mas Minas Gerais também demandou mais de 2 mil trabalhadores para suas lavouras de café, em junho.

É interessante observar que, nessa região, a colheita de café costuma contar com menos automação do que em outras regiões, por conta do relevo — portanto, exigindo mais trabalhadores. O trabalho na produção de laranja, por sua vez, é impulsionado pelo crescimento do mercado de hortifruti em geral, especialmente nas exportações, com a perspectiva de que a China comece a importar frutas frescas do Brasil.

Dessa forma, os dados de geração de empregos no agronegócio são representativos de uma indústria que permanece forte — e da importância do agro para sustentação da economia brasileira, frente à crise em outros setores.

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Fonte: Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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