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Soja e milho: clima nos EUA influenciam preços em Chicago

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Na segunda-feira (14), a bolsa de Chicago registrou um forte recuo no preço das principais commodities agrícolas, como a soja e o milho. Os contratos futuros para o milho tiveram uma queda de 4%, enquanto a soja registrou um recuo de 2%.

Após uma temporada de alta para esses grãos, a tendência agora é de estabilidade média. No entanto, especialistas ressaltam que produtores e agroindústrias devem estar atentos ao clima dos Estados Unidos (EUA) nos próximos dias, já que esse tem sido o fator determinante para as flutuações na bolsa de Chicago.

A especialista internacional Karen Braun explica que a expectativa é de que “o mercado de grãos caia forte na abertura durante a noite deste domingo, diante das previsões mostrando um tempo mais úmido nos EUA nos próximos 8 a 14 dias. O calor também parece estar menos intenso. No entanto, os próximos dias ainda deverão ser, em sua maioria, mais secos”.

Além disso, Braun também destaca que os produtores dos Estados Unidos estão confiantes diante do desempenho das lavouras. Há expectativa para safras com alta produtividade, que podem ser potencializadas com a chegada das chuvas. 

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Há previsão de chuvas para as regiões produtivas dos EUA na próxima semana. Caso essa chuva chegue, as lavouras de milho que estão na fase de polinização se beneficiarão, refletindo bons níveis de produtividade.

A soja também tende a se favorecer caso as chuvas apareçam na semana que vem. No entanto, a tendência é de que a média produtiva seja puxada para baixo por Dakota e Minnesota, onde os produtores estão tendo que realizar o replantio.

As cotações recentes também tiveram influência da Argentina, que atualizou a previsão de colheita de milho para 48 milhões de toneladas, 2 milhões a mais do que a estimativa anterior. 

“Os participantes do mercado orientados no curto prazo ainda estão bastante otimistas quanto ao desempenho dos preços. No entanto, a incerteza fica evidente no fato de que, nas últimas semanas, eles têm-se alternado entre expandir um pouco suas posições compradas e reduzi-las um pouco novamente”, comentou o Commerzbank.

Outro fator que tem influenciado o preço dessas commodities na bolsa de Chicago é a relação dos grãos com os biocombustíveis. Alguns rumores sobre esse setor estão sendo levantados nos EUA, causando o recuo dos preços futuros do óleo.

De acordo com a Agrinvest Commodities, “na sexta-feira (11), circularam rumores de fontes ligadas ao presidente Joe Biden de que ele estaria estudando possível redução nos mandatórios de biocombustíveis, o que poderia reduzir a demanda por óleo de soja e também por milho. Essas reduções, caso venham a ser implementadas, poderiam, momentaneamente, reduzir a pressão sobre os estoques americanos, o que vem se traduzindo em forte pressão de venda desde a última sexta”.

Com esses fatores climáticos e políticos, os contratos do milho para julho fecharam em queda de cerca de 25 centavos de dólar, ou 3,7%, a US$ 6,5925 por bushel. Já para dezembro, que aponta para a nova safra, o recuo foi de cerca de 28 centavos, o que leva o valor para US$ 5,8125 por bushel. 

No caso da soja, os contratos futuros de julho fecharam em 14,7225 dólares/bushel, uma queda de cerca de 36 centavos de dólar. No contrato para novembro, atualmente o mais negociado, o recuo da soja foi de 43 centavos de dólar, ou 3,02% a US$ 13,9525 por bushel.

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Fonte: Avicultura Industrial, Investing, Money Times. 

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