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Onda de calor nos EUA e na Europa eleva os preços do milho

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A balança da agricultura ora pende para um lado, ora para outro. Enquanto nos Estados Unidos (EUA) os produtores estão sofrendo com as elevadas temperaturas na safra de verão, no Brasil eles podem alcançar bons preços na comercialização do milho.

Por que está tão quente nos EUA e na Europa?

Onda de calor nos EUA atinge máxima histórica em 100 anos. (Foto: Getty images/Reprodução)

O Hemisfério Norte está sofrendo com uma onda de calor extrema. Nos últimos dias em Phoenix, região sudoeste dos EUA, os termômetros registraram temperaturas por volta de 45°C, superando a máxima histórica em 100 anos. No Estado do Kansas, 10 mil cabeças de gado morreram em razão do calor intenso durante o dia e a noite.

Uma onda de calor é definida quando as temperaturas permanecem extremamente elevadas por dois ou mais dias seguidos. A principal causa desse fenômeno se deve a um intenso sistema de alta pressão, alcançando uma grande região com clima quente e seco. Pesquisadores afirmam que esse padrão continuará a se repetir nos próximos anos devido às mudanças climáticas da Terra.

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Calor intenso eleva o preço do grão

Produtividade do milho norte-americano pode ser impactada devido às ondas de calor. (Foto: Getty images/Reprodução)

O verão na região produtora dos Estados Unidos, o Corn Belt, tem sido quente e seco. A primeira quinzena de junho foi a segunda mais quente em 30 anos, e o cenário começa a gerar preocupações, já que esse é o período de início do desenvolvimento da cultura de milho.

Nesse sentido, se em julho e agosto as temperaturas continuarem em elevação, junto à baixa umidade no solo, uma condição severa de seca pode impactar a produtividade da safra americana.

O mercado de grãos volta a atenção ao desenvolvimento das lavouras nos EUA e à formação dos preços de compra e venda. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu o índice de qualidade das lavouras de milho devido às ondas de calor na região. Se esse padrão continuar, o preço do grão pode sofrer um intenso reajuste ainda em 2022.

No Brasil, a colheita do milho de segunda safra segue em aumento e, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até 18 de junho deste ano a área colhida foi de 11%. Mas, devido ao clima seco na maior parte das regiões produtoras, a alta pressão de compradores e a oferta do milho no mercado, o preço do grão começa a cair.

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Previsão no preço do milho

2022 será marcado por uma grande volatilidade nos preços das sacas de milho. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Além da onda de calor, outro fator que influencia é a guerra entre Ucrânia e Rússia. A China, principal importador de milho da Ucrânia, cortou os embarques do grão e procura outros países para atender à demanda.

No início do conflito, o preço do bushel era cotado a US$ 7,25; já em maio de 2022, atingiu o recorde de US$ 8 por bushel. Agora, inicia uma queda gerada pela boa previsão de colheita e pelo tempo seco nas regiões produtoras brasileiras.

Ao que parece, 2022 será marcado por uma grande volatilidade nos preços das sacas de milho. O produtor deve estar atento às técnicas de comercialização para não perder o momento certo de vender a produção.

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Fonte: Índice Bovespa, Sociedade Brasileira do Agronegócio

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