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Estados Unidos mantêm liderança na importação do café brasileiro

Os produtores brasileiros de café tiveram um ano de 2021 atípico. Sofrendo com as constantes intempéries climáticas, como estiagem e geadas, o café teve uma quebra de safra. Só em Minas Gerais, maior produtor do grão no país, 60% dos municípios produtores foram afetados, e estima-se uma perda de 32% no ano, segundo dados de pesquisa da Emater-MG e o Sistema FAEMG.

Apesar das dificuldades, os Estados Unidos se mantiveram como o principal destino das exportações do café brasileiro. Cerca de 20% das sacas brasileiras exportadas foram para o vizinho ao Norte.

Ao total, os norte-americanos compraram 7,7 milhões de sacas de 60 kg, movimentando mais de US$ 1,2 bilhão. Os Estados Unidos mantiveram a liderança na importação do café brasileiro mesmo com a queda de 4,4% em relação ao total importado em 2020.

Exportações do café brasileiro

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em 2021 o Brasil exportou 40,3 milhões de sacas de 60 kg de café. O preço médio unitário da saca ficou em US$ 154,63, o que gerou uma receita cambial anual total de US$ 6,2 bilhões.

Volume de exportação do café caiu em relação a 2020. (Fonte: Pexels/Reprodução)

O café arábica foi o tipo mais exportado, correspondendo a mais de 80% (32 milhões de sacas) do total das vendas. Em seguida foi o café solúvel, que foram exportadas 4,03 milhões de sacas de 60 kg, aproximadamente 10% do total exportado. Com 9% das exportações (3,6 milhões de sacas) foi a variedade canéfora (mistura entre robusta e conilon). Por fim, as exportações de café torrado e moído alcançaram 45.766 sacas, aproximadamente 0,1% do total.

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O Cecafé também chamou a atenção para o desempenho das vendas de cafés de tipos diferenciados. Integram essa categoria grãos de qualidade superior ou com certificação de seguirem práticas sustentáveis. Esses cafés representaram 19% das vendas (7,6 milhões de sacas). Seu preço médio é superior e fechou o ano em US$ 207,5 por saca, movimentando um total de US$ 1,5 bilhão. Isso representa 25% da receita obtidos com as exportações de café.

A seguir, vejamos os outros países que mais importam o café brasileiro.

Alemanha

A Alemanha foi o segundo país que mais importou o café brasileiro. Foram 6,5 milhões de sacas, o que equivale a 16,2% do total de exportações. Apesar do bom número, houve uma queda de 14,4% em relação ao negociado em 2020.

Itália

Em seguida está a Itália. O terceiro colocado comprou 2,9 milhões de sacas, 2,5% a menos do que em 2020.

Bélgica

A Bélgica foi a quarta colocada, responsável pela compra de 2,8 milhões de sacas. Chama a atenção a queda expressiva em relação às compras de 2020: foram 24,6% a menos.

Japão

Fechando o top 5 dos países que mais compraram o café brasileiro está o Japão. O país asiático comprou 2,5 milhões de sacas, um aumento de 4,2% em relação a 2020.

Outros destaques

Outros dados divulgados no relatório das exportações de café de 2021 do Cecafé merecem destaque. A Colômbia, terceiro maior produtor de café mundial – perdendo apenas para o Brasil e o Vietnã –, aumentou em 33,4% as importações do café brasileiro em relação a 2020. O país comprou 1,1 milhões de sacas de 60 kg.

Cafés especiais e com certificados de sustentabilidade tiveram melhor desempenho nas exportações. (Fonte: Pexels/Reprodução)

A China também merece destaque pelo aumento de 65% em relação às importações de 2020. O país comprou 333,6 mil sacas.

Apesar do ano difícil, com a quebra de safra, as 40,3 milhões de sacas exportadas fizeram 2021 ser o ano com a terceira maior marca de exportações. Devido à alta dos preços do grão no mercado internacional, a receita cambial obtida foi a melhor dos últimos sete anos.

Fonte: ACS, Agro em Dia, Blog Ucoffee, Syngenta Digital.

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