Chama-se de “doença da vaca louca” a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), uma enfermidade que afeta o sistema nervoso do gado fazendo com que seu comportamento fique alterado. Essa é uma doença muito grave, sem cura e que pode ser transmitida para os humanos. Conheça mais sobre a EEB.
A doença da vaca louca ficou famosa mundialmente durante os anos 1980 e 1990, quando houve uma epidemia no Reino Unido. Na época, foi constatada a contaminação de cerca de 100 mil cabeças de gado, o que levou ao sacrifício de mais de 4 milhões de animais e a proibição do consumo da carne.
Segundo a cartilha do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a doença faz parte das encefalopatias que são causadas pelo acúmulo de uma proteína anormal, que se origina a partir da alteração de uma proteína normal do hospedeiro. O diagnóstico é difícil e pode se confundir com outras doenças, por isso, só pode ser confirmado com exames de laboratório.
A doença tem uma evolução longa e pode demorar a manifestar sintomas. O gado contaminado costuma apresentar problemas neurológicos como nervosismo, medo, ranger dos dentes, hipersensibilidade ao som e à luz, dificuldade para andar e menor tempo de ruminação.
A doença da vaca louca pode ser transmitida para os humanos, e isso acontece por meio do consumo da carne ou pela transfusão de sangue entre pessoas contaminadas. Quando contaminado, o paciente pode desenvolver doenças degenerativas fatais. Entre as mais comuns, estão a Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ), a Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS), Kuru e Insônia Fatal Familiar (IFF).
A doença não tem tratamento, por isso, a única forma de controle dessa enfermidade é a prevenção. Isso é feito por medidas como a não utilização de proteínas de origem animal na ração do gado e a vigilância sanitária nas fronteiras do País e em propriedades rurais.
Em 2021, dois casos isolados da doença da vaca louca foram identificados no Brasil em frigoríficos em Minas Gerais e no Mato Grosso. Contudo, um relatório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu que os casos não representavam riscos para a produção bovina do País.
Caso tenha alguma suspeita de contaminação no rebanho, as autoridades sanitárias devem ser imediatamente comunicadas para que possam realizar os procedimentos de identificação e controle da doença.