Nos últimos meses, o valor do dólar vem caindo. Para se ter uma ideia, já no início de 2022 a moeda norte-americana estava valendo R$ 4,70. Diferentemente de outros setores, a queda do dólar tende a impactar negativamente o agronegócio brasileiro. A seguir, explicamos o porquê.
A queda do dólar está diretamente relacionada à alta do valor das commodities. Esse é um fenômeno que tem como uma das causas a guerra da Rússia na Ucrânia, que aumenta a pressão no mercado internacional do petróleo e de matérias-primas agrícolas, como milho, soja e trigo. Como o Brasil é um grande exportador dessas commodities, acaba sendo diretamente impactado.
O valor em alta das commodities não é necessariamente uma boa notícia. Isso porque essa subida se reflete no preço de combustíveis e alimentos, fazendo que os produtos no mercado externo não consigam se equiparar à inflação.
Outro fator que cria apreensão em relação à queda do dólar é a oscilação do câmbio. As alterações no valor da moeda americana causam consequências imediatas tanto no custo para a compra de insumos quanto na renda gerada das exportações.
Para o produtor que exporta grãos, a queda do dólar também pode gerar prejuízos, já que o produto passa a ser comercializado por valores que nem sempre compensam os custos. Assim, a concorrência do produtor no mercado internacional diminui.
Até esta etapa do ano, os produtores brasileiros têm relatado resultados pouco satisfatórios das safras de 2021 e 2022. O contexto de queda do dólar seria ideal para comprar insumos e fertilizantes, mas o cenário, principalmente por conta da guerra da Rússia na Ucrânia, é de incertezas.
O contexto da queda do dólar é especialmente prejudicial para produtores que não exportam. Isso porque eles compram insumos em dólar e vendem em real, com alta tendência a perder dinheiro.
Entenda melhor como o dólar impacta o agronegócio lendo a matéria completa do Estadão Summit Agro, no link a seguir!