No Brasil, agrotóxicos só são liberados após serem analisados pelo Ministério da Agricultura, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Lei dos Agrotóxicos proíbe que eles sejam comercializados sem passar por esse crivo.
Isso não impede que muita gente tente burlar as regras. Um relatório de 2020, produzido pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social das Fronteiras, apontou que 20% dos agrotóxicos vendidos no País têm origem ilegal e costumam surgir de roubos, contrabando ou falsificações.
Agrotóxicos ilegais provocam descontrole dos compostos químicos usados nas lavouras, o que faz que as pessoas consumam alimentos com substâncias maléficas à saúde. A comercialização desses químicos configura crime e é enquadrada nas leis de crimes ambientais e agrotóxicos.
A principal razão da comercialização desses agrotóxicos é o valor, pois custam bem menos que os legais ao fugirem da carga tributária nacional. Mas as consequências do uso dessas substâncias são gravíssimas.
Agrotóxicos de origem criminosa ocasionam todo tipo de problema e não pagam o preço por isso. Os danos podem atingir todas as facetas da produção rural, pois afetam o meio ambiente, a economia e a saúde das pessoas e dos animais.
Os prejuízos à vida humana são muito altos. Os agrotóxicos ilegais podem provocar intoxicação de produtores, trabalhadores e consumidores dos alimentos infectados. Também causam a contaminação da água e são responsáveis por várias doenças a médio e longo prazos.
As lavouras também são contaminadas pelo uso dessas substâncias. A aplicação pode parecer vantajosa à primeira vista, mas o nível de toxicidade prejudica o solo e gera problemas no controle de pragas e doenças das plantas.
Vale lembrar que, mesmo quando legais, os agrotóxicos causam prejuízos à população e exigem muito cuidado e controle no uso. Eles podem danificar a saúde de trabalhadores que os manejam e de consumidores dos alimentos tratados com eles.
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