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Tecnologia auxilia produção de vinhos e azeites de oliva

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Dois dos produtos mais antigos conhecidos na história continuam presentes na mesa de diversas casas: vinho e azeite de oliva. Apesar da tradição, esses itens foram beneficiados com o desenvolvimento tecnológico ao longo de milênios.

A fermentação de bebidas é uma das técnicas mais conhecidas e, mesmo com diferentes variedades produzidas no mundo, o vinho tem lugar especial no coração do Império Romano. Um dos manuais mais conhecidos sobre a agricultura para a produção de uvas e para a produção de vinhos data de quase 2 mil anos atrás.

Atualmente, graças a investimentos em pesquisa e inovação, vinhos e azeites de oliva brasileiros vêm conquistando espaço no mercado internacional. Conheça as principais evoluções tecnológicas que marcaram o avanço no desenvolvimento desses produtos.

1. Barris de madeira

Um dos avanços tecnológicos que revolucionaram o mundo da bebida e permitiram a exportação mundial foi o surgimento de barris e barricadas em madeira, principalmente em carvalho. O recipiente, muito mais forte do que os vasos de barro em que a bebida era armazenada e transportada até então, transformou a logística da bebida.

Inovação de barris em madeira virou tradição na indústria do vinho. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Em pouco tempo, descobriu-se que os tonéis de madeira também agiam no sabor da bebida, então diferentes técnicas foram criadas para alcançar sabores específicos. Até hoje, há produtores que preferem armazenar a bebida em madeira em vez de garrafas de vidro ou tanques de aço inoxidável, pelo sabor alcançado.

2. Pasteurização

Outra grande inovação que transformou o trajeto do vinho e de uma série de outras bebidas foi a pasteurização. O processo foi criado por Louis Pasteur em 1860, quando o químico francês descobriu que, fervendo a bebida em determinada temperatura e depois resfriando-a, os microrganismos presentes no líquido não se proliferavam mais. Isso garantiu um tempo de vida muito mais longo às bebidas. Posteriormente, outras técnicas foram desenvolvidas para a preservação do vinho, sem a necessidade da pasteurização.

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3. Cubas de aço inoxidável

A partir da década de 1960, uma inovação da indústria de laticínios começou a conquistar a vitivinicultura: as cubas de aço inoxidável. A novidade era a higienização muito mais fácil quando comparada às tradicionais cubas de madeira ou de concreto.

Além disso, com o tempo, foi possível realizar o controle da temperatura dentro das cubas, permitindo uma produção em local esterilizado e com temperatura ideal. Se até então os produtores ficavam à mercê do clima durante o processo de fermentação, com as cubas de aço inoxidável e o controle de temperatura foi possível produzir o vinho de maneira planejada.

4. Análise de solo

Nada foi tão decisivo para a implementação de vinícolas em novos locais quanto o desenvolvimento da tecnologia de análise de solo. Atualmente, a maioria dos produtores interessados fazem estudos aprofundados para entender elementos como a salinidade da terra, a composição mineral e a densidade do solo da propriedade. Com essas informações, é possível saber se o local é adequado para a vitivinicultura e qual é o tipo de uva mais indicado.

5. Técnicas de irrigação

Diferentes técnicas de irrigação são utilizadas na agricultura desde a Antiguidade, porém o desenvolvimento tecnológico permitiu um controle cada vez maior da periodicidade e da quantidade da irrigação. Com isso, é possível simular diferentes ambientes em cada cultura e alcançar resultados incríveis no desenvolvimento das plantações.

Tecnologia ajuda a descobrir os melhores tipos de uva para diferentes regiões. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Um exemplo de utilização dessas técnicas é o das vinícolas e das plantações de azeitona para azeite de oliva em Minas Gerais. A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) desenvolve há anos pesquisas e fomentos a produtores locais para a criação de vinhos e de azeite de oliva nacionais. Com técnicas como dupla poda, irrigação e análise de solo, o órgão ajudou a desenvolver produtos de qualidade que estão ganhando prêmios na Europa e nos Estados Unidos.

A área, que não é historicamente conhecida pela produção de uvas nem de azeitonas, tem se tornado polo de pequenas propriedades com produções de alto nível que têm fomentado o turismo rural na região.

O Estadão Bluecast ouviu o pesquisador e diretor de Operações Técnicas da Epamig, Trazilbo José de Paula Júnior, que deu mais detalhes da utilização de tecnologias agrícolas desenvolvidas em Minas Gerais que revolucionaram a produção de uvas e azeitonas no local. Ele ainda abordou a importância do fomento do Estado para o avanço das conquistas dos produtores locais. Confira o conteúdo completo neste link.

Fonte: Estadão Bluecast, Olive Oil Times, Governo do Estado de Minas Gerais, Epamig, Revista Adega

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