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Apicultura: tudo o que você precisa saber da prática

A apicultura, atividade milenar, mantém-se como uma opção prática e rentável para pequenos produtores

4 minutos de leitura

23/05/2022

As abelhas são temidas por grande parte da população, mas podem ser fonte de renda para os apicultores. Os animais oferecem diversos produtos cobiçados pelos consumidores, tanto no Brasil quanto no exterior, permitindo grande faturamento.

Além disso, trata-se de uma atividade relativamente simples e que demanda menos espaço e investimento do que outras culturas agropecuárias. Sendo assim, a apicultura é uma ótima opção para pequenos produtores e propriedades familiares. Em alguns casos, pode ser desenvolvida até mesmo como atividade de lazer.

A apicultura é relativamente simples, demandando pouco espaço e investimento. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Entenda o que é apicultura

De acordo com a Associação Brasileira de Estudo da Abelha (A.B.E.L.H.A.), a apicultura consiste na criação de espécies do gênero Apis para a produção de diversos itens, como mel e própolis. A mais popular é a Apis mellifera ou abelha-europeia, mas a abelha-africana também é bastante comum nas criações nacionais.

As espécies do gênero citado também são chamadas de abelhas com ferrão e são diferentes da Meliponini, uma tribo de abelhas da família Apidae, uma espécie da América Latina, cuja criação é denominada meliponicultora. É importante distinguir as duas atividades, já que demandam técnicas e geram produtos diferentes. O mel de abelhas sem ferrão costuma ser mais azedo, por exemplo.

A apicultura é uma atividade milenar, com registros desde as civilizações sumérias, datando de 5 mil anos a.C. Daquela época até então, as técnicas se desenvolveram por meio da criação de colmeias artificiais e equipamentos para a extração mais eficiente dos produtos apícolas.

Os principais equipamentos da apicultura

O equipamento mais importante é o espaço em que as abelhas fazem o trabalho: as colmeias, que também são chamadas de apiários ou, popularmente, de “caixões de abelha”. É lá que os favos ganham forma e de onde os produtos são extraídos.

Existem vários tipos de colmeia padronizada que podem ser adquiridos em lojas do ramo. A Langstroth é uma das mais comuns e segue normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que especificam seu uso no Brasil. Também há colmeias como a Schenk e a Curtinaz, que foram desenvolvidas por aqui.

Esses tipos se diferenciam por detalhes técnicos, como o número de caixilhos e a dimensão de cada um deles, mas o uso, de modo geral, é bastante semelhante. Cada caixilho é o retângulo em que as abelhas criam os favos e de onde o mel é retirado. Sobre isso, é importante explicar que os caixilhos são removidos do apiário pelo produtor para serem colocados em uma centrífuga, na qual o movimento circular faz que o mel escorra para um tambor.

Para auxiliar na retirada dos caixilhos, é importante ter um formão e uma vassoura apícola, além do fumigador, equipamento que solta uma fumaça que acalma e confunde as abelhas. Também é essencial usar aparatos de proteção, para evitar ferroadas. Por fim, outros produtos adicionais são os coletores de pólen e própolis e a grade para separar as rainhas do resto da colônia.

Ainda que demande diversos utensílios, a apicultura é uma atividade relativamente acessível. É interessante refletir que as abelhas não precisam de alimentação, por exemplo, já que sobrevivem com o néctar das plantas.

As abelhas são criadas em apiários, também chamados de “caixões de abelhas”. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Quanto ganha um apicultor

Em primeiro lugar, é importante observar que o mel está longe de ser o único produto que os apicultores podem rentabilizar. Há uma grande demanda por própolis (resina produzida pelas abelhas), geleia real, cera de abelha e até apitoxina (veneno utilizado na indústria farmacêutica).

Além do sabor adocicado do mel e da geleia real, os produtos apícolas chamam a atenção pelas propriedades saudáveis. Em vista disso, é possível observar uma demanda crescente, ainda mais depois da pandemia. Isso ajudou as cotações de mel no mercado internacional a saltarem de cerca de US$ 2 para mais de US$ 3 por quilo. Em alguns momentos, o quilo do mel chegou perto dos US$ 5.

Nesse cenário, o faturamento das exportações de mel no Brasil cresceu de US$ 98,5 milhões para US$ 163 milhões entre 2020 e 2021 — 76% a mais. Isso considerando um volume só 6% maior, da ordem de 47 mil toneladas. Os principais compradores são os Estados Unidos e a União Europeia, com destaque para a Alemanha.

Vale notar que o produto brasileiro é muito valorizado no exterior por ser de alta qualidade, com poucas substâncias tóxicas. Em contrapartida, a apicultura é uma atividade que demanda pouco espaço e baixo investimento, como dito. Sendo assim, o potencial para faturamento dos apicultores é enorme.

Fonte: Sebrae Nacional, Associação Brasileira de Estudos das Abelhas, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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