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A manutenção da oferta de alimentos no mundo sempre foi uma preocupação. Nos últimos anos, cientistas têm alertado para as crises ambientais e a necessidade de alimentar uma população cada vez maior. Nesse sentido, as inovações na forma como os alimentos são produzidos se tornaram uma necessidade para dar conta de abastecer o mundo, e o Brasil cumpre um importante papel nesse cenário.
A seguir, confira algumas inovações e tendências para o agronegócio e a indústria alimentícia.
Preocupação com a sustentabilidade ambiental
O movimento de exigência de certificados ambientais para o fechamento de acordos de compra de alimentos, que antes era exclusivo de alguns poucos países ricos, está se popularizando. Com o consenso de cientistas de todo o mundo sobre os riscos do aquecimento global para a agricultura e para as pessoas, dificilmente os países recuariam na busca por uma agropecuária mais sustentável.
O governo Joe Biden, nos Estados Unidos, já faz leves movimentos para o retorno de acordos comerciais e ambientais que o presidente antecessor renegou. Com a maior potência do mundo seguindo o caminho da sustentabilidade, os mercados emergentes devem acompanhar a tendência.
Assim, o mercado brasileiro precisa se adequar às exigências internacionais. O País tem o potencial de se tornar o maior produtor de alimentos sem a necessidade de desmatar florestas ou de explorar o território de forma predatória. Alguns poucos produtores que não respeitam as leis ambientais prejudicam a imagem do Brasil perante a comunidade internacional.
O Brasil já tem exemplos de grandes companhias que estão se adiantando para cumprir metas ambientais importantes. A gigante do agronegócio Minerva Foods investiu R$ 1,5 bilhão para zerar as emissões de carbono nas próprias operações até 2035, ou seja, 15 anos antes da meta indicada pelo Acordo de Paris.
A Marfrig inovou e fez o Brasil se tornar o primeiro país com o selo “Carne Carbono Neutro (CCN)”. A companhia, que atua na região do Matopiba (área que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), repensou toda a cadeia produtiva e de distribuição para alcançar a certificação. Além dos benefícios para o meio ambiente, esse certificado ajuda a agregar valor aos produtos internacionalmente.
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Uso de tecnologias na distribuição
A revolução tecnológica das últimas décadas alcançou não apenas o campo, mas também todos os caminhos que levam os alimentos de onde são produzidos até o destino final deles. Assim, com consumidores que exigem qualidade cada vez maior e com um mercado altamente competitivo, os agrodistribuidores precisam se atualizar para permanecer relevantes.
A rastreabilidade e o cumprimento de certificados no transporte e na entrega de alimentos são algumas das exigências de grandes clientes preocupados em garantir a segurança dos produtos. Dessa forma, a atualização das frotas dos veículos empregados na distribuição de alimentos e a transparência, por meio do compartilhamento de informações com clientes, têm se tornado diferenciais de mercado.
Produtos orgânicos
Enquanto algumas das maiores transformações da indústria alimentícia estão relacionadas ao mercado internacional, o consumo local também está mudando. Desde o início da pandemia de covid-19, a procura por alimentos orgânicos com entrega em casa vem aumentando. Esse nicho, que é atendido principalmente por pequenos produtores, e até pela agricultura familiar, também passou por mudanças para continuar relevante no mercado.
Muitas cooperativas de agricultores desenvolveram aplicativos para agendar e realizar entregas de cestas com produtos orgânicos nas grandes cidades. Nesse movimento, há uma clara preocupação com o transporte rápido e eficiente para que os alimentos cheguem frescos aos consumidores, e a tecnologia deve continuar avançando no campo, tornando-se indispensável até mesmo para os pequenos produtores.
Avanço tecnológico
Se o avanço tecnológico chegou aos pequenos produtores, a grande agropecuária está integrando a tecnologia cada vez mais em processos. Além da constante mecanização do campo, a chegada e a popularização da rede 5G devem aumentar o uso de drones, de Internet das Coisas (IoT) e de aplicativos para gestão de processos.
Além disso, as indústrias alimentícias e as cadeias de suprimento vêm se transformando diariamente. A automatização vai continuar transformando o campo e o modo de entregar os produtos, e os produtores agrícolas precisam se atualizar para continuar relevantes em um mercado ultracompetitivo.
Summit Agronegócio Brasil 2022
Para saber mais dessas e de outras mudanças na indústria alimentícia, participe do Summit Agronegócio, realizado pelo Estadão. A edição 2022 do evento terá como tema “Desafios à frente: o que o agronegócio brasileiro prepara para os próximos anos nas exportações, no mercado global, na agricultura de baixo carbono e nas políticas agrícolas”.
O evento será on-line de 7 a 9 de novembro. Saiba mais e se inscreva neste link!
Fonte: EJEQ UFPR, Pronutrition,Ecotrance,Agrodistribuidor, kestraa, nutrição comportamental