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O que o Brasil defende na COP-26?

July 19, 2020, Brazil. In this photo illustration the 2021 United Nations Climate Change Conference (COP26) logo seen displayed on a smartphone

Conheça o mais relevante evento sobre agronegócio do País

O Brasil chega a 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP-26) com uma difícil tarefa: mudar a imagem de “inimigo” do meio ambiente que ganhou nos últimos anos. Em 2020, durante o pico da pandemia de covid-19, a emissão mundial de gases causadores do efeito estuda (GEE) diminuiu 7%, mas as emissões brasileiras tiveram alta de 9,5%. Além disso, o País bateu recordes com desmatamentos e queimadas na Floresta Amazônica, e as imagens da destruição correram o mundo.

Brasil chega à COP-26 tendo que melhorar sua imagem em relação à proteção ambiental. (Fonte: Pedarilhosbr/Shutterstock/Reprodução)

Nesse contexto, a presença do Brasil na COP-26 tem o objetivo de mostrar as boas práticas que acontecem no setor de agropecuária brasileiro e tentar convencer o mundo de que o País pode voltar a ser um líder da agricultura com baixa emissão de carbono.

A COP-26 é a reunião que vai delinear regras e estratégias para alcançar as metas definidas no Acordo de Paris. Para isso, vão ser estabelecidos diversos tipos de financiamento internacional e de prática de proteção ao meio ambiente, bem como as sanções para países que não cumprem acordos. Portanto, é fundamental que os países consigam apresentar dados que comprovem a atenção que estão dando aos objetivos globais definidos. Assim, além de representantes do governo, vários outros da iniciativa privada do setor do agronegócio estarão presentes na reunião.

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Objetivo do Brasil e do setor agropecuário na COP-26

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que o Brasil vai ao evento com dois objetivos: apresentar projetos de redução real de gases do efeito estufa e divulgar projetos de proteção de florestas e vegetações nativas. Para o ministro, o País tem muito a ensinar sobre atividade sustentável no transporte, na energia e na agricultura.

Entre os programas que o governo brasileiro quer divulgar como exemplo de potenciais meios de desenvolvimento para cuidado do meio ambiente, estão o RenovaBio e o Plano ABC. 

O RenovaBio é o nome da Política Nacional de Biocombustíveis, que tem audaciosos planos de descarbonização do setor. A União da Indústria de Açúcar (Única) estima que o projeto reduzirá 874 mil toneladas de CO2 emitidos durante a produção de etanol e biodiesel.

O Brasil precisa demonstrar que pode ser líder na agropecuária de baixo carbono. (Fonte: Cacio Murilo/Shutterstock/Reprodução)

Já o Plano ABC é o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura. Este é um projeto que quer adotar algumas tecnologias para diminuir o impacto ambiental da agropecuária, como a recuperação de pastagens, o plantio direto, a fixação biológica de nitrogênio (FBN) no solo, o manejo de dejetos de animais e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o plano ABC já apresenta dados de sucesso. Entre 2010 e 2020, a meta era aplicar a tecnologia em 35 milhões de hectares e diminuir entre 132 e 162 milhões de toneladas de CO2 emitidos na atmosfera. Entretanto, o plano alcançou 52 milhões de hectares, e as reduções atingiram 170 milhões de toneladas.

O Mapa também quer mostrar o poder da eficiência tecnológica da agropecuária brasileira, pois, nos últimos 40 anos, a agricultura cresceu 356% e ocupou 33% de terras a mais, o que só foi possível com pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de manejo de culturas. 

Fonte: Agricultura Sustentável, CNA Brasil, Agência Brasil, Summit Agro Estadão, Conjur.

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