Segundo dados do instituto de pesquisas ambientais Worldwatch Institute (WWI), algo entre 15% e 20% dos alimentos consumidos no mundo são produzidos em hortas urbanas, pensadas para tornar as cidades um pouco menos cinzentas e estimular o consumo de alimentos orgânicos. No Brasil, um ponto turístico de São Paulo inaugurou uma horta comunitária na cobertura de seu prédio, em um ambiente que surpreendeu a todos os seus assíduos frequentadores.
Em 2016, a Galeria do Rock ganhou um espaço de 300 m² dedicado ao plantio e ao ensino dessa prática. Ali, além do cultivo de várias frutas, verduras e hortaliças, ainda há aulas sobre a atividade. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), a prática contribui para a sustentabilidade e a educação e ajuda na absorção de gases de efeito estufa, graças à absorção do CO2. Ainda, atrai pássaros e refresca os ambientes, evitando o fenômeno das ilhas de calor.
Segundo depoimento da jornalista, ambientalista e agricultora urbana Claudia Visoni, é importante compreender que a agricultura e a urbanidade são irmãs e precisam coexistir. Ela reforça também que a horta é um espaço vivo e demanda atenção para que sua existência possa fazer a diferença.
A horta comunitária também representa um importante ganho econômico. Com forte apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (ONU/FAO), esse tipo de cultivo apresenta vantagens em relação às formas de agricultura tradicionais, como proximidade dos mercados ou pontos de venda, baixo custo para o transporte e redução de perdas nas colheitas.
A promoção do cultivo de verduras frescas e saudáveis é um grande ganho da horta urbana, que também promove o empreendedorismo, atrai investimentos, gera lucro, oportunidades de trabalho e a educação ambiental, além de ajudar a deixar a cidade mais verde. Cláudio Capeche, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), acrescenta que a proposta pode ajudar o público a conhecer o potencial da agricultura que pode ser desenvolvida na sua casa, escola ou comunidade.
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Fontes: IBGE, Embrapa, Fecomercio-SP, Secretaria de Agricultura de São Paulo.