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Principais tipos de agrotóxicos e os riscos no uso

Brasil é o país que mais utiliza esses aditivos no mundo

3 minutos de leitura

02/01/2020

Os agrotóxicos surgiram no período da Segunda Guerra Mundial e, após o conflito, passaram a ser usados como defensores agrícolas. Desde a década de 1950, com o crescimento da demanda e da produção de alimentos, seu uso no agronegócio tem o objetivo de contribuir, em conjunto com outras ferramentas e tecnologias, com o aumento da produtividade rural, ajudando no controle de pragas e, assim, diminuindo as perdas no processo.

A Lei n° 7.802/89 define como agrotóxicos “os produtos químicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da fauna ou flora, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimulantes e inibidores de crescimento”.

No Brasil, o maior consumidor desse tipo de produto desde 2009, diversos agrotóxicos são permitidos por lei, inclusive alguns já proibidos na maior parte do mundo. Ainda assim, existe uma disputa para que a lista de produtos permitidos aumente. Vale ressaltar que a indústria do agrotóxico faturou, em 2014, cerca de US$ 12 bilhões, de acordo com a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).

Para se obter um registro de agrotóxico no país, é necessária a avaliação de três órgãos do governo federal, de forma independente: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a Anvisa, 63% dos alimentos no Brasil continham a presença desses defensores químicos em 2013.

Tipos de agrotóxicos

Existem diversos tipos de agrotóxicos, com finalidades distintas. Alguns deles são:

  • fungicidas (atingem fungos);
  • herbicidas (atingem plantas);
  • inseticidas (atingem insetos);
  • acaricidas (atingem ácaros);
  • rodenticidas (atingem roedores).

Além desses, já foram desenvolvidos defensores químicos para controle de larvas, formigas, bactérias e moluscos, entre outros. Eles também se diferenciam pelas formas como agem no combate às pragas, podendo ser por meio de contato ou ingestão.

A Anvisa os classifica de acordo com o nível de risco que oferecem e de danos que causam à saúde humana: pouco tóxicos, medianamente tóxicos, altamente tóxicos e extremamente tóxicos.

Os principais riscos no uso de agrotóxicos

O uso desses produtos pode causar diversos danos à saúde humana, das mais variadas formas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, por ano são registradas, em média, 20 mil mortes ligadas ao uso desses produtos. Diversos estudos — nacionais e internacionais — comprovam esses riscos.

Toda a população está suscetível a contaminação, mas a maior preocupação é com os agricultores e as pessoas que trabalham na indústria do agrotóxico, devido ao contato mais próximo com as substâncias.

A exposição a esses produtos pode acontecer através da ingestão de alimentos e água contaminada ou por inalação, contato com a pele ou contato oral com os aditivos químicos. Os problemas causados podem ser agudos ou crônicos. Entre os efeitos agudos, estão irritação na pele, ardência, desidratação, alergias, ardência em nariz e boca, tosse, coriza, dor no peito, dificuldade de respirar, irritação da boca e da garganta, dor de estômago, náuseas, vômitos e diarreia.

Já os efeitos crônicos incluem dificuldade para dormir, esquecimento, aborto, impotência, depressão, problemas respiratórios graves, alteração do funcionamento do fígado e dos rins, anormalidade da produção de hormônios da tireoide, dos ovários e da próstata, incapacidade de gerar filhos, malformação e problemas no desenvolvimento intelectual e físico das crianças e câncer.

Vale ressaltar que os estudos que ligam a exposição aos agrotóxicos e o câncer ainda não são conclusivos. Porém, já se nota o potencial de desenvolvimento da doença relacionado ao uso de diversos agrotóxicos, justificando a recomendação de precaução.

Entre 2007 e 2015, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou mais de 84 mil notificações de intoxicação alimentar por agrotóxicos. No Brasil, eles podem ser ingeridos em frutas, verduras e na água, diariamente. Inclusive, podemos encontrar diversos tipos de aditivos em um só alimento. Entre as variantes que determinam a gravidade da intoxicação causada por essa ingestão, estão princípio ativo, concentração, tempo e forma de exposição (pele ou via oral).

Fontes: Inca, Abrasco, Portal Anvisa.

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