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Conheça 3 tecnologias modernas para a marcação do rebanho

Tradição de marcação a fogo vem sendo substituída por métodos mais modernos de controle e rastreamento do gado

3 minutos de leitura

11/06/2022

Um dos primeiros procedimentos a serem realizados quando novas cabeças chegam à fazenda é o registro de cada animal. Desde o Egito antigo, o boi é marcado a ferro e fogo, tanto para garantir a propriedade quanto para ajudar a registrar o desempenho e facilitar o manejo.

A prática, contudo, parece estar acabando na pecuária internacional, com proibições ou redução brusca de utilização nos Estados Unidos, no Canadá, na Nova Zelândia, no Reino Unido e em países da União Europeia. A técnica antiga causa dor no animal e provoca danos no couro, o que pode desvalorizar o preço pago pela cabeça de gado.

Novas tecnologias podem substituir a marcação a fogo e oferecer vantagens adicionais para o produtor. No entanto, ainda é necessário promover uma mudança de cultura entre os criadores. Conheça as práticas mais modernas e menos agressivas para a identificação e o controle do rebanho bovino.

1. Brinco eletrônico

Brinco eletrônico pode ser integrado a softwares de gestão da fazenda. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O brinco eletrônico é equipado com chips que permitem armazenar e monitorar os dados de cada animal. A aplicação é realizada da mesma forma que no brinco tradicional, com o posicionamento na parte central da orelha para evitar danos nas nervuras principais.

Os dispositivos são resistentes à radiação solar e permitem a movimentação confortável do gado, com menos riscos de enroscar em objetos e cercas. Devido ao código de barras de 15 dígitos impresso no brinco, o pecuarista pode realizar uma leitura rápida a distância de forma precisa, otimizando os processos.

Os chips podem ser integrados a softwares de gestão da fazenda, permitindo o controle automatizado e prático de todo o rebanho. O pecuarista pode avaliar os custos de cada animal, bem como o desempenho de ganho de peso para definir a melhor estratégia para o plantel.

2. Microchip subcutâneo

O microchip subcutâneo, também chamado de transponder, é do tamanho de um grão de arroz e tem um microcircuito integrado com capacitor e antena. O dispositivo oferece como principais vantagens — em comparação ao brinco eletrônico — a aplicação praticamente indolor e o uso permanente e inviolável, sendo retirado apenas com intervenção cirúrgica.

O equipamento possibilita a rastreabilidade individual, com dados que podem ser transmitidos para qualquer software. Permite, ainda, registrar toda a vida do gado, como informações genéticas, manejo alimentar, reprodutivo e sanitário e até monitorar a temperatura do animal.

Alguns cuidados são necessários para evitar danos ao gado. O microchip deve ser produzido com material biocompatível, que não deixe resíduo na carne, e resistente, para não quebrar com impactos. O transponder deve ser implantado em local do corpo que dificulte a migração, além de permitir a leitura confiável e a fácil localização no momento do abate.

3. Bolus intrarruminal

O bolus intrarruminal necessita de equipamento externo para fazer a leitura de informações. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O bolus intrarruminal é um dispositivo de cerâmica com transponder que é introduzido via oral e permanece no rúmen-retículo dos animais. O equipamento oferece menos incômodo ao boi durante a aplicação quando comparado a brincos e microchips subcutâneos, tem sistema mais confiável, com perdas insignificantes, e é de fácil recuperação após o abate.

O método, porém, requer maior tempo para aplicação, além de mão de obra especializada, que nem sempre está disponível. O dispositivo é mais caro que os outros transponders injetáveis e depende de um método externo de identificação para o gerenciamento dos animais.

Fonte: Dispec, Cursos CPT, Embrapa, Esalq/USP

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