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Brucelose bovina: o que é e como evitá-la

Conhecida também como febre de malta ou aborto infeccioso, a brucelose bovina é causada por uma bactéria e exige medidas rígidas de prevenção e remediação

3 minutos de leitura

31/03/2020

A brucelose é uma infecção altamente contagiosa, causada por bactérias que pertencem ao gênero Brucella. Entre as seis espécies do grupo, a que atinge diretamente os bovinos é classificada como Brucella abortus.

Essa zoonose pode causar sérios problemas não só para o gado mas também para pessoas que estejam em contato direto com animais infectados. Além disso, a doença pode ser transmitida para o homem através de ingestão de leite cru ou produtos derivados que não tenham passado por um processo específico de tratamento térmico e pelo consumo de carne crua que contenha restos de tecidos de animais infectados.

No gado leiteiro, de acordo com estudos, a brucelose bovina pode causar cerca de 25% de perda na produção de leite e 15% na produção de bezerros. Tudo isso acarreta um grande prejuízo financeiro, além de comprometer a credibilidade do produtor e do gado, podendo gerar outras penalidades e barreiras comerciais.

Transmissão da brucelose bovina

A brucelose bovina é transmitida entre os animais por outras vias, como durante o parto ou no abortamento de animais contaminados. Quando a mãe lambe o bezerro após o parto, também há grandes riscos de contaminação caso haja a presença da bactéria.

Outra forma de contágio é através da inseminação artificial, quando o sêmen tem o agente infeccioso. No coito natural, a chance de transmissão é praticamente nula.

Sintomas da brucelose bovina

A observação e o conhecimento dos sintomas da brucelose bovina são fundamentais para evitar que a doença se espalhe e permaneça no ambiente. Por isso, é importante saber que pode haver sinais diferentes para machos e fêmeas.

Nas fêmeas, os principais sinais de infecção por Brucella abortus são:

  • queda na produção de leite;
  • repetições de cio;
  • corrimento vaginal;
  • nascimentos prematuros;
  • abortamentos no terço final da gestação;
  • bezerros recém-nascidos com muita fraqueza;
  • morte de bezerros no nascimento;
  • retenção placentária;
  • infertilidade permanente ou temporária.

Já nos machos, os sintomas que apontam para o alerta de brucelose bovina são:

  • infertilidade;
  • inflamação nos testículos, conhecida como orquite;
  • problemas de articulação, como artrite e bursite;
  • lesões nas glândulas mamárias.

Como evitar a brucelose bovina

A melhor forma de evitar a ocorrência da brucelose bovina é através da vacinação preventiva. Por se tratar de uma doença sem cura e altamente infecciosa, a proteção é medida obrigatória para os rebanhos, devendo ser comprovada por atestado expedido e assinado por um médico veterinário, além de um profissional com registro no Ministério da Agricultura (Mapa). Também é preciso realizar a marcação dos animais vacinados, cuja aplicação ocorre em uma única dose e apenas nas fêmeas do rebanho.

Atualmente, é possível encontrar duas opções de vacinas contra brucelose bovina: B19 e RB51. A B19 é destinada para bezerras de três meses a oito meses de idade, e a RB51 permite a vacinação de fêmeas adultas.

Também é fundamental realizar exames para avaliação e diagnóstico de animais infectados, para que a remediação imediata possa ser feita. Nesse caso, os animais que apresentem a doença devem ser descartados após a notificação da agência de defesa animal. O descarte imediato se faz necessário diante da gravidade da doença, que pode matar até 75% do rebanho quando não erradicada.

Para o diagnóstico, os exames mais utilizados são o Teste de Soro Aglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e 2-Mercaptoetanol (2-ME). Em alguns casos específicos, pode ser necessário realizar outros, como Teste do Anel do Leite (TAL) e Fixação do Complemento (FC).

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Fonte: Rehagro

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