5 informações que você precisa saber sobre a salmonela
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As enfermidades causadas pela ingestão de alimentos contaminados são muito comuns no Brasil. Segundo dados do Boletim Epidemiológico 32, da Secretaria de Vigilância em Saúde, publicado em 2020, de 2016 a 2019 o País sofreu 626 surtos de intoxicação alimentar, sendo quase 15% dos casos causados pela salmonela. Apesar de comum, a infecção por essa bactéria pode ser grave. Confira algumas informações que você precisa saber para evitar a contaminação.
1. O que é salmonela?
A salmonela é uma bactéria que apresenta duas espécies: a S. enterica e a S. bongori. A maioria das pessoas infectadas desenvolve a salmonelose, no entanto, essas bactérias também são responsáveis por uma doença conhecida como febre tifoide.
2. Como ocorre a contaminação?
A infecção ocorre por meio do consumo de alimentos ou água contaminados com fezes de animais, isso porque a bactéria é normalmente encontrada no trato digestivo de galinhas, porcos, vacas, répteis, anfíbios e até de cães e gatos.
O principal alimento associado a surtos da infecção é o ovo, mas a salmonelose pode ser causada também pela ingestão de carnes cruas, leite e produtos lácteos não pasteurizados, pescados e alimentos frescos que foram mal higienizados.
3. Quais são os sintomas da infecção?
A salmonelose geralmente apresenta sintomas típicos de uma doença transmitida por alimentos (DTA), entre eles estão vômito, dores abdominais, febre e diarreia. Em geral, os sintomas começam entre 6 horas e 6 dias após a infecção, podendo durar de 4 dias a 7 dias.
Além desses sintomas, a infecção por salmonela pode provocar uma grave desidratação do paciente. Portanto, reidratar o corpo é fundamental para a recuperação. Também vale reforçar os cuidados com pessoas idosas e crianças por terem um sistema imunológico mais frágil.
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4. Como são feitos o diagnóstico e o tratamento?
O diagnóstico da doença é feito por meio de exames laboratoriais das fezes do paciente ou de amostras dos alimentos suspeitos de contaminação.
O tratamento de casos leves a moderados é realizado em casa e requer repouso e ingestão de bastante água. Apenas grupos de risco como idosos, bebês e pacientes imunocomprometidos devem receber indicação de uso de antibióticos, já que, em pessoas com o sistema imunológico mais debilitado, o medicamento pode não eliminar por completo as bactérias e acabar selecionando somente as mais resistentes, levando, assim, a um prolongamento do tratamento.
5. Como prevenir a infecção?
A cadeia produtiva dos alimentos pode contribuir na prevenção da doença, com o estabelecimento de um controle sanitário rígido nas etapas de produção agrícola, no processamento dos alimentos e na fabricação e envio para o mercado consumidor.
Já o consumidor final pode evitar a contaminação por meio de medidas sanitárias básicas, como lavar as mãos antes de manipular alimentos, lavar bem os próprios alimentos, consumir carnes e ovos bem cozidos e evitar se alimentar em locais com pouca higiene.
Fonte: SocGastro, CDC, Ministério da Saúde
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