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Silvicultura e extrativismo vegetal: quais são as diferenças?

Os recursos florestais podem ser explorados comercialmente a partir de diferentes atividades, entre as principais estão a silvicultura e o extrativismo vegetal

3 minutos de leitura

22/12/2021

A silvicultura e o extrativismo vegetal são as principais atividades de exploração econômica de recursos florestais. A atividade extrativista se baseia na coleta de produtos alimentícios, borrachas, ceras, fibras, madeiras, oleaginosos, entre outros, em coberturas vegetais pré-existentes. Já a silvicultura, formação florestal conduzida pelo ser humano do plantio à colheita, se direciona para a produção de resina, carvão vegetal, lenha e madeira.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção florestal alcançou um valor total de R$ 23,6 bilhões em 2020, um resultado 18% superior em relação ao ano anterior. A silvicultura foi responsável por R$ 18,8 bilhões, o que significa 80% do volume total, enquanto a extração vegetal foi de R$ 4,8 bilhões, cerca de 20%.

As duas atividades ocupam 9,6 milhões de hectares em quase cinco mil municípios brasileiros. A esmagadora maioria dos cultivos, 77,3% do total, usa eucalipto para produzir a floresta. O pinus é a segunda espécie mais utilizada, ocupando 19% da área total cultivada. As outras espécies respondem apenas por 354 mil hectares, o equivalente a menos de 4% do total.

Balanço da extração vegetal

A atividade extrativista de açaí é concentrada na Região Norte. (Fonte: Paralaxis/Shutterstock)

No último ano, o valor da produção da extração vegetal cresceu 6,3%. Dos nove grupos de produtos que compõem a exploração extrativista pesquisados pelo IBGE, seis registraram aumento. A maior participação foi do grupo de produtos madeireiros (60%), que apresentou uma leve redução de 0,6% frente ao ano anterior, cuja exploração extrativista vem sendo substituída por florestas cultivadas.

Mato Grosso se tornou o maior produtor de madeira em tora, com 3,8 milhões de metros cúbicos, ultrapassando o Pará. Ambos os Estados foram responsáveis por 64,5% do total de madeira em tora extraída.

A atividade extrativista de produtos não madeireiros cresceu 18,6%, totalizando R$ 1,9 bilhão. Essa atividade é importante para os povos e comunidades tradicionais, e proporciona emprego e a melhoria da distribuição de renda. Entre os destaques está o açaí, com 91,9% de sua extração concentrada nos Estados da Região Norte.

Produção da silvicultura

A madeira em tora para celulose e papel foi o principal produto da silvicultura no Brasil em 2020. (Fonte: P.V.R. Murty/Shutterstock)

O valor da produção da silvicultura teve uma alta de 21,3% em 2020, com todos os grupos apresentando um grande crescimento em relação a 2019. A madeira em tora — responsável por mais da metade do valor produzido — e o carvão vegetal foram os produtos que mais se destacaram.

A produção da madeira em tora para papel em celulose, com 30% da participação total, viu seu valor subir 25,6% em 2020, impulsionada pela valorização dos produtos em decorrência da desvalorização do real frente ao dólar. A celulose ficou em sétimo lugar no ranking das exportações totais do País no último ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

O aumento de preços também puxou o crescimento de 37,8% do carvão vegetal, cuja produção cresceu apenas 2,7% em relação a 2019. Ainda assim, o produto manteve a segunda colocação, com uma participação de 28,8% na produção da silvicultura.

Já a madeira em tora para outras finalidades respondeu por 26% do valor produzido pela silvicultura em 2020, ocupando a terceira colocação. O faturamento do setor cresceu cerca de 11% em comparação a 2019 e o volume produzido subiu 7,5%.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Paraná de Notícias.

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