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Pantanal: quais são os principais produtos do agronegócio na região?

Condições ambientais do Pantanal impossibilitam o desenvolvimento agrícola, mas a região responde por uma parcela importante do agronegócio

3 minutos de leitura

06/06/2022

O Pantanal é o menor bioma brasileiro em extensão de terras. Com 150 mil quilômetros quadrados no Brasil, a região ocupa menos de 2% do território nacional e ainda abrange parte do Paraguai e da Bolívia. Apesar de não ser propício para o desenvolvimento de atividades agrícolas, o local tem importância para o agronegócio.

Considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a maior planície alagável do mundo tem um papel essencial no fornecimento de água, no equilíbrio do clima e na preservação do solo da América do Sul.

Conheça quais são os principais produtos agropecuários da região pantaneira.

Pecuária bovina

Pecuária pode ser sustentável e ajudar a preservar o Pantanal. (Fonte: Cacio_Murilo/Shutterstock/Reprodução)

A pecuária bovina é a principal atividade do agronegócio pantaneiro e faz parte da história da região. A criação de bois no Pantanal começou com a colonização, no início do século 18, após o fim do ciclo do ouro na região. Os rebanhos de raça ibérica se espalharam gradualmente pelos campos alagadiços, com práticas de manejo adaptadas às peculiaridades regionais, dando origem ao gado “pantaneiro”. Os principais produtos, charque e couro, eram exportados pelo Rio Paraguai.

A partir do século 20, o gado magro passou a ser transportado para engordar nos pastos do noroeste paulista e do Triângulo Mineiro, o que acabou mudando a configuração do rebanho, com os bois pantaneiros sendo substituídos pelos zebuínos, principalmente da raça nelore. No início dos anos 1940, a pecuária pantaneira chegou a responder por 6% do rebanho nacional.

O isolamento do Pantanal dificultou a adoção de novas técnicas de manejo, no entanto a globalização tem imposto a introdução de tecnologias na região. Práticas conservacionistas têm permitido a expansão da criação de animais sem o aumento da área ocupada, possibilitando elevar a produtividade e garantir a preservação do bioma.

Equinocultura

Cavalos são essenciais para o manejo de rebanhos bovinos pantaneiros. (Fonte: reisegraf.ch/Shutterstock/Reprodução)

A criação de equinos muitas vezes é vista com preconceito, sendo associada a esporte e lazer de pessoas ricas. Entretanto, a atividade está relacionada intimamente com a pecuária bovina, especialmente em locais com práticas mais tradicionais, como o Pantanal brasileiro, onde os animais são usados na lida diária com os bois.

O cavalo pantaneiro se formou a partir de cruzamentos aleatórios entre animais trazidos por colonizadores. A genética da raça rústica foi moldada para resistir às características ambientais do bioma, que apresenta abundância e escassez de água, a depender do período, além de altas temperaturas e presença de predadores.

Apicultura

O mel produzido no Pantanal na região de Mato Grosso do Sul foi o primeiro produto do gênero no Brasil a obter o registro de Indicação Geográfica (IG) emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). A apicultura se tornou uma alternativa às propriedades rurais para gerar renda ao mesmo tempo que preserva o bioma.

A atividade é desenvolvida com abelhas africanizadas em associação com a conservação de espécies que apresentam floradas ou outros recursos aos animais. Apesar da produção ainda incipiente, as características regionais tornam único o sabor do mel, o que é bastante valorizado na gastronomia.

Piscicultura

A pesca é desenvolvida historicamente no Pantanal desde que a região era habitada exclusivamente por povos indígenas, e hoje a atividade tem sido associada a práticas artesanais, amadoras, esportivas ou de turismo.

A partir dos anos 1990, os projetos de piscicultura começaram a ser implantados, tornando-os mais uma alternativa de geração de emprego e renda para os pantaneiros. Os peixes são criados em tanque-rede devido à inundação periódica que impede a piscicultura tradicional.

Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), Câmara de Deputados, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

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