O Ministério da Saúde já confirmou mais de dois mil casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus no Brasil, até o último dia 25 de março. Estados e municípios estão cancelando atividades e proibindo grandes aglomerações nas ruas para evitar a disseminação da Covid-19. Por causa disso, vem sendo registrado um movimento maior em supermercados, o que gera a preocupação em relação a uma possível crise de abastecimento no País.
Nos Estados Unidos, apesar da limpeza das prateleiras dos supermercados nos últimos dias, os maiores varejistas, produtores de leite e de carne disseram que a cadeia de suprimentos de alimentos permanece intacta e a produção para atender à demanda sem precedentes causada pela pandemia de coronavírus vem aumentando. Na Europa, a Confederação dos Agricultores de Portugal também garante que não haverá problemas de abastecimento naquele país, especialmente de alimentos frescos, como frutas, legumes, carnes e ovos.
Abastecimento no Brasil
No Brasil, a Federação de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), o Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) registraram aumento no movimento dos supermercados. As entidades tranquilizam a população quanto a uma possível falta de abastecimento e alertam-na da diferença entre desabastecimento e não reposição — em certos casos, as gôndolas podem estar vazias devido ao tempo necessário para transportar os produtos dos estoques até os mercados, mas isso não significa que faltará alimento.
A situação da pandemia do coronavírus é diferente daquela da greve de caminhoneiros ocorrida em 2018. Naquela ocasião, houve desabastecimento de itens básicos devido à dificuldade logística de transporte, uma vez que o País depende majoritariamente do transporte rodoviário para fazer os produtos atravessarem seu território. As Companhias Estaduais de Abastecimento, como a Ceagesp, em São Paulo, continuam funcionando apesar de tomarem medidas preventivas por causa da Covid-19. Isso não foi possível durante a greve, pois os caminhões não estavam levando os alimentos para os centros de abastecimento.
As entidades varejistas não relataram até a terceira semana de março o desabastecimento de itens nas redes de supermercado. Embora diversos órgãos públicos e empresas privadas estejam fechando as portas, os supermercados devem continuar abertos por prestarem um serviço essencial de abastecimento para toda a sociedade.
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Fontes: Ceagesp; Estadão; Ministério da Saúde; Agência Brasil; NY Times; Governo de São Paulo