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Afinal, o que é MIP e como essa estratégia ajuda o agronegócio?

O Manejo de Integração de Pragas (MIP) é um conjunto de técnicas sustentáveis para prevenir pestes e doenças na lavoura. A estratégia tem como objetivo principal reduzir os custos e aumentar a produção do agronegócio, sendo aplicável a várias culturas e permitindo a manutenção em níveis que não causem danos econômicos ao produtor.

O modelo de manejo se baseia na exploração do controle natural, nos níveis de tolerância das plantas aos danos causados pelas pragas, no monitoramento das populações de pestes, além do uso da cadeia alimentar a favor das culturas. Para otimizar o controle biológico nas plantações, o conceito integra uma série de ferramentas: produtos químicos e agentes biológicos, como predadores, parasitas, fungos e bactérias são utilizados para promover ganhos de produtividade em lavouras de soja, milho, algodão, feijão, entre outras.

Como aplicar o MIP no agronegócio

Observação atenta e monitoramento constante da lavoura são necessários para identificar e controlar pragas que podem trazer prejuízo econômico. (Fonte: Shutterstock)

Primeiro é necessário identificar quais são as principais pragas que podem afetar as plantas. A partir daí, é possível verificar e adotar a melhor estratégia para o controle efetivo de cada alvo. É importante, também, detectar quais insetos podem ser benéficos e estão presentes de forma natural no cultivo, podendo servir como predadores e aliados no manejo integrado da plantação.

O monitoramento da lavoura deve ser constante, desde antes do plantio até a colheita, uma vez que a ocorrência de diferentes espécies de pragas pode ser muito dinâmica. Todas as estruturas da planta (raízes, folhas, hastes, flores, frutos) devem ser inspecionadas, com lupas entomológicas e armadilhas adesivas podendo ser úteis para a localização dos organismos invasores, em especial os muito pequenos, como ácaros.

Os produtores devem ficar atentos à flutuação populacional das pragas, para mantê-la abaixo do nível de dano econômico (NDE), ou seja, do número mínimo de agentes que podem causar prejuízo. Para tanto, é preciso identificar qual é o nível de controle (NC) e a densidade populacional mínima a partir da qual é necessário implantar técnicas de manejo para evitar o alcance do NDE.

Estratégias do MIP

Técnica para diminuir capacidade de reprodução do Aedes aegypti pode ser aplicada na agricultura para controlar pragas. (Fonte: Shutterstock)

As estratégias utilizadas pelo MIP devem ser empregadas antes do plantio, para evitar níveis críticos de agentes causadores de prejuízo na lavoura. Dessa forma, os benefícios são ampliados ao longo do tempo, promovendo bons resultados tanto para o produtor como para o consumidor.

A escolha dos métodos a serem utilizados deve considerar fatores ecológicos, ambientais, sociais e econômicos. Uma combinação de estratégias pode ser necessária para alcançar efeitos duradouros e sustentáveis no controle de insetos e outros agentes danosos às plantas.

As principais estratégias adotadas nesse tipo de manejo são:

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Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio) e Embrapa.

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