Calçados, bolsas e móveis com couro sempre fizeram muito sucesso. Nesse cenário, o Brasil é privilegiado, pois tem o maior rebanho comercial do mundo e exporta mais de US$ 2 bilhões por ano. Segundo dados do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), o País conta com 260 curtumes que exportam produtos para 80 países e geram mais de 40 mil empregos. Entre os países para os quais o Brasil mais exporta couro estão China, em primeiro lugar, Estados Unidos e Itália.
Os estados brasileiros que mais exportam são Rio Grande do Sul (26,3%), São Paulo (16,1%), com destaque para o setor calçadista do munícipio de Franca, e Goiás (14,2%). Para que as ações da área continuem a crescer, o CICB, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), criou o projeto Brazilian Leather, para divulgar o couro brasileiro para possíveis importadores estrangeiros.
Segundo o CICB, algumas iniciativas desenvolvidas são a participação em feiras internacionais e a projeção do couro brasileiro na mídia especializada internacional. Além disso, são realizadas pesquisas para que os produtores acompanhem as tendências mais aplicadas no exterior.
Um dos desafios do setor é manter as boas práticas de manejo animal, já que esse é um aspecto que as marcas internacionais levam em consideração no momento da importação, principalmente porque há a tendência de os consumidores preferirem empresas que ofereçam produtos engajados e sustentáveis. Nesse sentido, segundo o CICB, o processo brasileiro se modernizou e está de acordo com as regras exigidas pelo mercado internacional.
O mais difícil parece mesmo ser a comunicação e a visibilidade, tanto que os esforços da Apex-Brasil e do CICB têm sido no sentido de mostrar nosso produto e processo produtivo para o mundo.
Em agosto, devido às queimadas na Amazônia, 18 marcas internacionais, como Timberland e Vans, pediram esclarecimentos ao CICB sobre a procedência do couro importado. De acordo com a instituição, os esclarecimentos foram feitos e não houve suspensão das importações, mas esse caso deixa evidente a importância de se manter uma comunicação transparente com o mercado internacional.
Para os próximos anos, o CICB pretende expandir os negócios e aprimorar os produtos. Missões empresariais com esse foco já estão previstas para 2019 e devem ser cada vez mais comuns.
Fontes: CICB.