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Governo federal atualiza zoneamento agrícola para mamona

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No fim de agosto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou novas portarias do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura de mamona. Os documentos foram elaborados mediante a coordenação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sob a validação técnica de profissionais do setor produtivo.

Segundo Eduardo Monteiro, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas — SP) e coordenador do Zarc, o denso trabalho técnico e metodológico que culminou nessa atualização visa identificar as áreas de plantio de menor risco climático para a cultura, bem como definir os melhores períodos de semeadura para reduzir perdas de produção e aumentar o rendimento.

A importância do estudo

A melhor época para plantar mamona varia conforme a região. (Fonte: Shutterstock)

A época mais adequada para o plantio de mamona varia conforme o local, sobretudo em um país de extensões continentais como o Brasil. Em algumas regiões, o melhor momento para plantar começa em maio; em outras, inicia-se em março. Essas diferenças aparecem mesmo em regiões bastante próximas, onde as variações podem chegar a três ou quatro meses.

É por isso que esse tipo de estudo precisa ser o mais detalhado possível e passar por atualizações contínuas que levem em conta as particularidades geográficas de cada município no cultivo.

Novidades nos parâmetros

Segundo a Embrapa, entre as novidades da portaria publicada recentemente estão os ajustes no índice de satisfação das necessidades de água (ISNA), temperatura e chuva na colheita para estimativa de risco e a atualização dos parâmetros de cultura e ciclos representativos.

Também integram os documentos a extensão do zoneamento da mamona para todos os estados brasileiros, a inserção do critério auxiliar de escape para o mofo cinzento em regiões ou épocas chuvosas e a subdivisão do Zarc Mamona Semiárido, além da inclusão de um grupo de cultivares inferior a 130 dias.

Mamona: potencial produtivo e econômico

Óleo de mamona é utilizado na produção de medicamentos para animais a diversos tipos de plástico. (Fonte: Shutterstock)

Ainda muito associada ao biodiesel, a mamona é a base de diversos setores econômicos. O óleo de mamona ou óleo de rícino é utilizado na produção de inúmeros itens, desde medicamentos para animais, tintas e lubrificantes até plásticos. Pode ser encontrado também em cosméticos como cremes e batons.

O Brasil por um tempo liderou o ranking mundial da cultura, mas hoje produz em quantidade pequena até mesmo para o mercado interno, conforme explicou Liv Soares Severino, chefe-geral da Embrapa Algodão, em entrevista à TV Bandeirantes. A concentração dessa lavoura está na região de Irecê, na Bahia.

Entre os principais importadores da commodity estão países cuja indústria química já atingiu patamares avançados, como China, França, Itália e Estados Unidos. Segundo o especialista, a Índia é líder internacional na produção de mamona e, como o planeta é bastante dependente de um só país, o Brasil pode avançar muito no sentido de suprir essa demanda. Portanto, estudos, atualizações e análises técnicas que fomentem essa cultura são muito promissores para o País e para o mundo.

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Fonte: Embrapa.

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