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Galinha caipira: quais são as principais raças e como criá-las?

Descubra quais são as características da galinha caipira e quais são as especificidades para a produção

4 minutos de leitura

17/05/2023

As galinhas caipiras têm sabor bastante diferenciado e que cada vez mais têm caído no gosto de consumidores. O que faz que ela seja mais saborosa do que o frango encontrado nos mercados das grandes cidades? Confira como criar as galinhas caipiras e as principais raças utilizadas.

O que são galinhas caipiras?

O termo “caipira” é utilizado para definir as galinhas que não se enquadram em uma espécie específica de frangos. A denominação foi dada pelo modo de produção tradicional desses animais no interior do País, já que são criadas soltas, sem estar ao serviço de granjas e aviários. Com isso, movimentam-se mais e se alimentam, além de ração e milho, de minhocas e outros insetos que são fonte de proteínas, bem como de restos de frutas, verduras e outros grãos plantados.

Essa diferença na alimentação e nos hábitos produz galinhas que fornecem uma carne com mais fibras e sabor mais forte. Além disso, as galinhas caipiras não são submetidas a injeções com hormônios para crescimento nem a ração com essas melhorias.

Criadas soltas, as galinhas caipiras ingerem muitos alimentos a que as galinhas de granja não têm acesso. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

Qual é a raça mais indicada para a produção de galinhas caipiras?

Devido ao modo de criação, existem algumas raças da ave que são mais indicadas para começar uma criação caipira. Isso porque elas costumam ter maior resistência, adaptam-se melhor a ambientes abertos e têm características de ganho de peso ou de produção de ovos que podem ser benéficas.

Algumas das principais raças utilizadas são híbridas, cruzamentos que passaram por anos de tentativas de melhoria de determinadas características. Nesse sentido, uma das raças mais comuns é a Embrapa 051. A ave foi desenvolvida pela Embrapa Suínos e Aves para ser uma raça com produção de ovos de mesa otimizada e com pouca necessidade de sistemas intensivos de criação. De plumagem marrom intensa, a Embrapa 051 inicia a postura em 21 semanas e produz em até 90 semanas. Nesse ciclo produtivo, são gerados cerca de 345 ovos de peso superior a 56 gramas.

Outras raças comuns nas criações de galinhas caipiras brasileiras são:

  • ISA Brown — de origem norte-americana, tem coloração marrom-clara e é o cruzamento das linhas Rhode Island vermelha e Rhode Island branca, sendo um híbrido de alta produção de ovos;
  • New Hampshire — fruto de seleção genética desenvolvida com galos Rhode Island Red, a New Hampshire tem a plumagem marrom e vermelha com maturação rápida, crescimento acelerado e alta produção de carne;
  • Carijó — é uma ave rústica, que se adapta aos mais diferentes ambientes. Tem alta produção de ovos e estatura mediana, podendo chegar a 2,2 quilos na idade madura;
  • Bankiva — com penas vermelhas, bico amarelo e patas amarelas, tem origem tropical e subtropical e deu origem à galinha doméstica mais conhecida. Alcança 1,9 quilo e produz até 300 ovos em um ano e meio de ciclo produtivo.

Outras raças comuns no Brasil são a gigante negra de Jersey, Light Sussex e galinha do ovo azul (Araucana).

É importante manter o acesso das galinhas caipiras ao maior número de elementos naturais possíveis. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

Como criar galinha caipira?

Existem três principais métodos de criação de galinha caipira, o sistema intensivo, o semi-intensivo e o extensivo.

1. Sistema intensivo

Consiste em criar os animais em local fechado, desde o nascimento até o abate. Apesar de ser o método utilizado para granjas e para produção em larga escala, pode ser adaptado para galinhas caipiras. Nesse caso, recomenda-se um máximo de oito animais por metro quadrado.

2. Sistema semi-intensivo

Mistura-se o confinamento com a possibilidade de algumas horas de pastoreio livre durante o dia. Nesse sistema é preciso ter um piquete disponível para a soltura periódica das aves.

3. Sistema extensivo

É o mais comum para a criação de galinhas caipiras e é o método que potencializa os benefícios para essas espécies. As aves são criadas soltas, alimentando-se livremente de gramíneas, minhocas e outros insetos, além de restos de frutas e verduras, ração ou milho que são oferecidos de maneira mais controlada. É indicado um galpão para que os animais durmam e se protejam de eventuais predadores.

Para obter melhores resultados é preciso levar alguns pontos em consideração.

  • A raça das aves deve ser escolhida pelas características de adaptação ao clima.
  • O local deve ter o maior espaço com terra possível, guardando características naturais.
  • A ração industrializada é pouco recomendada e pode ser substituída por milho.
  • Deve-se cuidar da higiene do local e evitar contaminação cruzada para evitar perdas financeiras e danos à saúde.

Fonte: Embrapa, Nutrição e saúde animal, CPT, Tecnologia e treinamento

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