Extrativismo: o que é e qual sua aplicação no agronegócio
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Com impactos econômicos e ambientais, o extrativismo, atividade presente desde os primórdios da humanidade, tem total relevância para o cenário do agro, principalmente no Brasil. Saber suas aplicações e consequências permite avaliar pontos de melhoria e expectativas para o futuro do setor.
O que é o extrativismo?
Uma das tarefas mais antigas feitas pelo ser humano, o extrativismo, como o nome já sugere, é definido como a ação de extrair recursos naturais, seja manualmente ou com auxílio de máquinas. Usado inicialmente para subsistência, quando a humanidade era nômade, ainda hoje a atividade é amplamente praticada.
O extrativismo pode se dar com frutos, madeira, animais e minérios. Quando passou a ser uma atividade em escala industrial, no entanto, se tornou uma ameaça ao meio ambiente. Isso porque pedaços quilométricos de terra são devastados e sua recomposição não acontece no mesmo ritmo da extração.
Extrativismo: modalidades principais
Vegetal
Diferente da agricultura, o extrativismo vegetal se dá no recolhimento da flora que nasce e se desenvolve espontaneamente no ambiente natural, sem necessidade de plantio e cultivo. Pode se dar com frutos, raízes, madeira e até mesmo secreções de algumas espécies, como o látex, que vem da seringueira.
Mineral
Seja de rios, mares ou do solo, minérios podem ser encontrados, recolhidos e aproveitados de diferentes maneiras. O processo, que já foi essencialmente manual, hoje é mecanizado em praticamente todas as suas etapas. Isso potencializa as alterações nos ecossistemas e paisagem onde é realizado.
Economicamente, o ferro, petróleo, manganês, bauxita, níquel, ouro e prata podem ser considerados os minérios mais importantes.
Animal
Trata-se da pesca e da caça, atividades milenares destinadas à alimentação e sobrevivência. Enquanto a primeira é largamente realizada, a caça tem diferentes regulamentações ao redor do mundo, com definições sobre locais ou animais permitidos.
Extrativismo no Brasil
No território brasileiro, a ação extrativista, que começou com a retirada de pau-brasil no período de exploração portuguesa, hoje é dominada principalmente pelo minério de ferro e petróleo, produtos exportados. Em algumas regiões, porém, o extrativismo vegetal ainda é praticado, destinado em sua maioria à subsistência.
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Hoje, no entanto, a retirada de recursos vegetais se dá, principalmente, com madeira — destinada à construção e à produção de papel. Na parte de frutos, destaca-se a extração de castanha (que também é usada na produção de cosméticos), palmito, buriti (cujo óleo tem diversas propriedades e aplicações), e carnaúba (aproveitada desde suas folhas até as raízes).
Os peixes, responsáveis pela manutenção de comunidades de pescadores ao redor do Brasil, são os únicos animais com retirada permitida por lei. Apesar disso, há regulamentações sobre quais espécies podem ser extraídas e em qual período do ano.
Por fim, minérios contam para a balança comercial do País, dado que são encontrados em abundância e exportados para outras partes do mundo. No território brasileiro estão presentes alumínio, cobre, estanho, ouro, prata, ferro, níquel, zinco, entre outros. Em alguns casos, o Brasil se posiciona como líder mundial de produção. Sal e Petróleo são outros destaques da extração mineral.