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Conheça 8 alternativas ao milho e à soja na ração animal

Com a alta do dólar, bem como o crescimento da demanda por milho e soja, outras fontes nutricionais para as culturas podem baratear a produção

3 minutos de leitura

26/04/2021

O agronegócio brasileiro vai de vento em popa. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção bruta do agro brasileiro deve ultrapassar a casa de R$ 1 trilhão. A alta do milho e da soja explica o boom do setor, aquecido pela valorização do dólar — o crescimento do valor dos grãos foi de 47,5% e 74,5%, respectivamente.

Em contrapartida, os pecuaristas brasileiros iniciaram 2021 com preocupação. Esses grãos são os principais insumos da ração animal e estão aumentando de forma significativa o preço da produção, já que a alimentação do rebanho pode chegar a representar 70% do custo total do produtor.

Outra preocupação é que o inverno costuma trazer uma baixa na produção dos grãos, com muitas áreas ociosas, o que torna o prognóstico de retomada dos preços ao padrão normal bastante lento. Por isso, vale a pena ver de que forma é possível “fugir” do milho e da soja diversificando a matriz alimentar dos animais.

Atenção: suínos, aves e bovinos precisam ser acompanhados por profissionais especializados de forma a garantir que suas demandas nutricionais estejam adequadas. 

1. Trigo

A primeira novidade vem da Embrapa Trigo. Os melhoristas da empresa produziram uma cultivar que tem oferecido uma resposta interessante aos grãos mais caros: o trigo BRS Tarumã, que tem mais energia e proteína do que as variações comuns. Há mais de 20 anos, esse trigo é usado na composição da ração de bovinos e tem ganhado espaço também no caso de avinos e suínos. 

2. Farelo de arroz

O arroz que chega às prateleiras já vem preparado: sem casca e limpo. Desse processo, resulta o farelo do arroz, que é uma mistura de arroz polido com farelo. A depender da quantidade dessa mistura, que deve ter no máximo 2% de gordura bruta, 12% de fibra bruta e no mínimo 16% de proteína bruta, pode-se ter um ótimo alimento para os animais.

3. Mandioca

Outro alimento que pode cumprir um ótimo papel na nutrição animal é a mandioca. De fácil plantio, tanto a raiz quanto a sua parte aérea são bastante energéticas. Por isso, elas podem substituir o milho e a soja, respectivamente, com o benefício de ser facilmente produzida na propriedade rural.

4. Polpa cítrica

No caso de bovinos confinados, a polpa cítrica é uma opção que pode substituir os grãos mais caros. O principal carboidrato desse composto é a pectina, que é facilmente absorvida pelos bovinos e boa fonte de energia. Porém, é necessário colocar na “ponta do lápis” o gasto com esse produto, porque este também é exportado e a alta do dólar puxa o seu valor para cima. 

5. Gliricídia

A produção de milho em consórcio com a gliricídia tem ótima produtividade graças ao potencial que essa árvore tem de nitrogenar o solo. O que nem sempre se sabe é que ela também pode substituir o milho na ração animal, uma vez que as suas folhas têm 22% de proteína. Vacas leiteiras de baixa produção conseguem renunciar à soja e ao milho integralmente: gliricídia, leucena e moringa são o bastante para atender às necessidades nutricionais dos animais.

6. Caroço de algodão

Não é novidade o uso do caroço de algodão como insumo na ração animal, sobretudo em bovinos. O caroço é bastante oleaginoso e tem bom quadro nutricional, além de fibras. Mas, tal como no caso anterior, deve-se pesar prós e contras. O preço do algodão apresenta bastante variação, e a opção pode ser vantajosa apenas em períodos determinados.

7. Resíduo do biodiesel

A glicerina é um subproduto do biodiesel que pode ser uma opção interessante ao produtor rural. Também é uma ótima fonte de energia e tende a ser mais barata do que outras opções a longo prazo, pois a matriz do biodiesel tende a se desenvolver e, com isso, aumentar a oferta de resíduos da produção. Segundo estudos, a glicerina deve responder por cerca de 8% da ração animal para que o metabolismo tenha um rendimento ótimo.

8. Resíduos de cervejaria

A produção de cervejas vem crescendo no País e, com ela, os resíduos dessa matriz, que têm ótimo potencial proteico. A cevada é o principal substrato desse composto que, se descartado no ambiente, é poluente. Já quando beneficiados para a ração animal, os restos da cervejaria ganham um destino adequado e rentável.

Fonte: Nordeste Rural, Beef Point, Avicultura Industrial. 

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