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Agro aquece a geração de emprego no interior

O mercado de trabalho começa a dar tímidos sinais de recuperação no interior do Brasil. Os índices de emprego têm apresentado aumento, especialmente nas cidades que têm o agronegócio e a mineração como principais atividades econômicas.

De acordo com dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia, foram geradas 644 mil vagas com carteira assinada em 2019. Além disso, uma projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizada no último ano estima que, no setor agro, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer, em 2019 e 2020, mais do que o conjunto da economia brasileira.

E são os profissionais tecnologicamente qualificados que estão conseguindo bons empregos nas regiões interioranas do Brasil, nas quais o agronegócio é forte. Concomitantemente, o nível de instrução exigido no campo tem aumentado. A agroindústria tem cobrado cada vez mais a formação acadêmica, valorizando aqueles que conseguem investir em capacitações complementares, como mestrados profissionais e MBAs. As áreas de estudo mais reconhecidas são tecnologia, inovação e sustentabilidade.

Emprego no agro exige maior nível de qualificação

(Fonte: Shutterstock)

A agricultura já perdeu grande parte do seu estigma rudimentar, uma vez que o campo está mais digitalizado do que nunca. As empresas agrícolas buscam, portanto, profissionais que ofereçam soluções que melhorem a eficiência dos processos produtivos de maneira inteligente.

A inovação avança a passos largos no campo, com a evolução dos sistemas de posicionamento global (GPS), drones inteligentes, equipamentos automotores, entre outras. No município de Rio Verde (GO), por exemplo, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) do estado auxilia produtores rurais no treinamento dos funcionários, desde a lida com o maquinário até a segurança no trabalho. Nesse contexto, despontam no setor os profissionais que são ágeis e conectados e que têm conhecimentos em tecnologia.

Trata-se de um novo cenário promissor, que aponta para um caminho de transdisciplinaridade, pois acaba envolvendo outras áreas de conhecimento que se tornam necessárias para o progresso do agro, como matemática, física, contabilidade e estatística. Isso amplia ainda mais o poder de absorção de mão de obra do setor.

Capacitação e sustentabilidade

(Fonte: Ververidis Vasilis / Shutterstock.com)

O interesse por sustentabilidade tem crescido na agroindústria, puxado pelas leis ambientais cada vez mais rígidas em relação a impactos e passivos. Tudo isso faz com que as necessidades do campo sejam supridas por profissionais que executam um papel de transformação por meio de técnicas que garantam uma produtividade sustentável.

Assim, os sinais de aquecimento que vêm do setor de agronegócio tendem a descentralizar a mão de obra qualificada, que antes se concentrava apenas nas metrópoles ou nos grandes centros urbanos. O interior do Brasil é muito vasto e agora está ainda mais atrativo ao desenvolvimento.

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Fontes: Estadão; Ipea

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