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4 métodos para proteger a lavoura da lagarta-verde

Praga afeta os principais cultivos do Brasil, mas pode ser combatida de diversas formas

3 minutos de leitura

20/07/2023

.A lagarta-verde, também conhecida como mandarová ou mandarová-do-fumo, é o nome popular da Phlegethontius carolina paphus. Lagarta é o termo usado para designar o estágio inicial dos insetos da ordem Lepidóptera (entre eles borboletas e mariposas).

Esse tipo de lagarta é bastante comum em toda a América do Sul, e causa grandes problemas para produtores agrícolas nos mais diversos cultivos. Seus hábitos herbívoros e desfolhadores atrapalham o desenvolvimento da lavoura e diminuem a qualidade do produto final.

A Phlegethontius carolina paphus tem cerca de 70 milímetros de comprimento e se diferencia de outras lagartas pelas faixas brancas e finas nas laterais, e por ter pernas abdominais e terminais. Ela também é bastante encontrada em diversas plantas como coqueiros, bananeiras, algodão, fumo, cana-de-açúcar, milho, alfafa, entre outras.

No agronegócio, a lagarta-verde é uma praga importante principalmente nas culturas de soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e arroz. As principais dificuldades para o seu controle são sua camuflagem em meio à folhagem e seus hábitos noturnos. Apesar desses problemas, existem diversos métodos para combater a praga nos principais cultivos, seja por meios físicos, seja por meios químicos, seja por controle biológico.

Detalhe da lagarta-verde. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Como combater a lagarta-verde?

1. Aplicação de inseticidas

O uso de inseticidas é um método bastante eficaz de controle, mas são necessários alguns cuidados. É importante conhecer a região, o histórico de ataques e realizar a rotação de produtos para evitar a criação de pragas resistentes ao químico.

Também é importante realizar a identificação correta da praga. Existem diversos tipos de lagartas que afetam as grandes culturas, como a soja, e muitas têm hábitos diferentes de alimentação, concentrando-se em diferentes partes do desenvolvimento da planta. Realizar a identificação correta é fundamental para otimizar o uso do defensivo e garantir a sua eficácia contra a real ameaça para a lavoura.

2. Controle biológico

A liberação de insetos benéficos pode ajudar a controlar as lagartas-verdes. Parasitas endógenos como a Apanteles sp. e a Belvosia bifasciata, além da vespa Cotesia congregata, que põe ovos que parasitam as lagartas, são alguns dos predadores naturais da lagarta-verde. O controle biológico é mais eficaz quando as lagartas estão em fase inicial de larva.

Inseto se camufla nas folhas e tem hábitos noturnos. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

3. Sementes modificadas

A compra de sementes geneticamente modificadas para a criação de plantas mais resistentes também é eficaz. É possível adquirir sementes ricas em silício, ou utilizar fertilizantes que causem esse efeito, para criar plantas com fibras mais rígidas que desgastam a mandíbula das lagartas.

4. Manejo Integrado de Pragas (MIP)

O MIP é uma técnica que reúne diferentes maneiras de proteção da lavoura, sejam químicas, sejam naturais. No MIP, além do planejamento de inseticidas, também ocorre a utilização de técnicas como a rotação de culturas, adubação equilibrada e plantios de ciclo curto. Além disso, pode-se realizar o controle cultural, como a retirada de plantas espontâneas, que podem servir de abrigo para as lagartas que estejam próximas ao cultivo.

99% das lagartas têm hábitos herbívoros, entre elas a taturana-oblíqua (Lonomia obliqua) que pode causar sérios danos à saúde humana. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Importância da identificação das lagartas

Existem diversas espécies de lagartas que apresentam real ameaça para os grandes cultivos do Brasil, entre as mais comuns:

  • lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda);
  • lagarta-preta-da-soja (Spodoptera cosmioides);
  • lagarta-das-folhas (Spodoptera eridania);
  • lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens);
  • lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armigera);
  • lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis).

Só no ciclo da soja, por exemplo, é normal a ocorrência de diversas lagartas em diferentes fases de desenvolvimento das plantas, a lagarta-elasmo e a lagarta-rosca são comuns nas fases iniciais. A lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e a falsa-medideira (Chrysodeixis includens) se desenvolvem nas fases do meio, enquanto as Spodoptera spp, Heliothis virescens e lagarta-do-velho-mundo (Helicoverpa armigera) em todas as fases.

A identificação correta é fundamental para escolher os inseticidas e herbicidas corretos, além de planejar o manejo integrado de pragas. Para isso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) disponibiliza o Manual de identificação de insetos e outros invertebrados da cultura da soja. Também é possível encontrar materiais para a identificação de pragas comuns a outras culturas.

Fonte: Embrapa, Terra Magna, Syngenta, Mais Soja

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