O ato de tomar café vai além de uma necessidade, tornou-se um ritual. Para algumas pessoas, o dia só começa depois da primeira xícara; nas empresas, o café parece não dar conta de sustentar os funcionários que precisam estar atentos o tempo inteiro. No Brasil, a bebida encontrou terreno fértil para sua grande produção e exportação, podendo se apresentar para o resto do mundo como o ouro verde.
O café brasileiro na história
A entrada do café no Brasil data de 1727, quando o militar Francisco de Melo Palheta contrabandeou da Guiana Francesa as primeiras mudas. A exportação era proibida pela França, por isso a única forma que Palheta encontrou de trazer o café foi escondido em suas malas. Passado algum tempo, o café chegou ao Estado do Rio de Janeiro e depois a São Paulo e Minas Gerais, quando a produção começou a tomar grandes proporções e gerar o desenvolvimento das exportações do País.
Esse período marcou a entrada de imigrantes que se tornaram bem ativos em nossa cultura, como italianos e japoneses. Houve também o momento em que as indústrias começaram a se desenvolver e o País precisou se modernizar, tendo como pano de fundo as riquezas geradas pela produção e exportação de café.
A produção brasileira era tão grande que o próprio governo comprava para estocar e manter o preço estável. Porém, com a crise de 1929, iniciou-se um momento complicado para o comércio do café, exigindo que o governo interviesse para minimizar o impacto e tentar controlar os preços.
A solução encontrada foi queimar as sacas que estavam estocadas, mas mesmo assim houve um período difícil, em que muitos produtores faliram. Então a cultura dos grãos começou a alcançar outros estados, e hoje o Espírito Santo é um dos maiores produtores do País, representando parcela importante da exportação.
O café brasileiro hoje
O café brasileiro ainda é o mais vendido. Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), de janeiro a agosto de 2019 o volume acumulado foi de 27 milhões de sacas, configurando o melhor resultado dos últimos 5 anos, sendo reflexo do aumento de importação feito principais países compradores (que são, por ordem de consumo, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Japão e Bélgica), em crescimento que chegou a 30%.
Ainda segundo o conselho, nos últimos 12 meses o Brasil exportou 42 milhões de sacas. Arábica é a variedade mais exportada (81,7%), porém o crescimento do café robusta representou no primeiro semestre do ano um aumento de 90,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O café brasileiro tem tido um alcance crescente, mostrando que sua qualidade é uma marca típica do nosso produto. Além disso, é um grande gerador de riqueza, conferindo um poder gigantesco de movimentar a economia.
Fonte: Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Café Point.