A última década foi de ouro para o milho brasileiro. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a produção do grão passou de 52 milhões de toneladas em 2007/2008 para 98 milhões de toneladas em 2017/2018. E o crescimento parece estar longe de ter fim.
No ano passado, a produção chegou a 100 milhões de toneladas e foi responsável por US$ 7,4 bilhões em exportações. O cenário otimista faz com que o País caminhe para alcançar, em 2020, a segunda posição no ranking mundial de exportação de milho, de acordo com a FAO.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos deste ano deve ser de 248 milhões de toneladas. Só na primeira safra do ano, devem ser semeados 4,5 milhões de hectares, que renderão 26,6 milhões de toneladas de milho. As projeções da FAO são de que a safra 2019/2020 tenha um aumento de mais de 15% nas exportações, chegando a 29,5 milhões de toneladas.
Aumento na produção
Ainda de acordo com o relatório da FAO, aspectos como criação de variedades de milho, capacidade climática para duas safras ao ano e apoio governamental direcionado ao setor contribuíram para que a expansão na produção do grão fosse possível. Além desses fatores, investimentos em portos e nas infraestruturas rodoviária e ferroviária, principalmente no Centro-Oeste, onde são produzidos dois terços da safra de grãos, explicam o sucesso do milho brasileiro.
Novos mercados e crescimento das exportações
Segundo o Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa), os principais importadores de milho do Brasil em 2019 foram Japão (US$ 605,13 milhões), Coreia do Sul (US$ 386,40 milhões), União Europeia (US$ 371,25 milhões), Vietnã (US$ 293,96 milhões) e Taiwan (US$ 292,61 milhões).
O relatório da FAO mostrou que a exportação do grão brasileiro para a Ásia saiu de 1,5 milhão de toneladas em 2007/2008 para 27 milhões de toneladas em 2015/2016. Outro continente que se tornou um mercado em expansão para o setor foi a África. As exportações para países como Egito, Marrocos e Argélia fizeram com que na última década o grão saísse de zero para pouco menos de 5 milhões de toneladas com destino a terras africanas.
Hoje, o país que mais exporta milho no mundo são os Estados Unidos, mas parece que o momento favorável do setor faz do Brasil um competidor à altura na busca pela liderança nas vendas do grão.
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Fontes: MAPA; ONU