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Agronegócio de Mato Grosso é destaque nacional

(Fonte: GettyImages/Reprodução)

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Se o agronegócio é um dos principais motores do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o Estado de Mato Grosso é responsável por alavancar esse segmento, sendo líder na produção de alguns dos principais produtos do País, como soja, milho, bovinos e algodão.

Entenda um pouco mais da importância de Mato Grosso para o agronegócio brasileiro.

Dados impressionantes

Uma estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostra que, em 2022, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Mato Grosso foi de R$ 224,81 bilhões. Com isso, o Estado lidera o ranking de maior contribuição para a produção agropecuária, posto que assumiu em 2018.

Mato Grosso responde por 18,2% do VBP nacional, seguido por Paraná (11,9%), São Paulo (11,6%) e Minas Gerais (11,4%). Os dados são baseados nas projeções da safra de 2022 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo dados da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Econômico (Sedec) de Mato Grosso, o agronegócio é responsável por 21,36% do PIB do Estado. Ainda, 35 dos 100 municípios mais ricos do agronegócio brasileiro estão na região.

Produção de soja em Mato Grosso é destaque internacional. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Dependência de 4 produtos

Quatro produtos são responsáveis por gerar mais de 93% de toda essa riqueza. Segundo a Sedec, em 2021 a soja respondeu por 50% da produção agrícola de Mato Grosso. No mesmo ano, a commodity rendeu quase R$ 97 bilhões para produtores.

Em seguida está o milho, responsável por 20% do total da produção agrícola do Estado, gerando cerca de R$ 25 bilhões. Depois vêm os bovinos, que geram 13% da produção estadual, movimentando anualmente cerca de R$ 25 bilhões. Por fim, o algodão, que representa 10% da produção agrícola estadual e movimentou, em 2021, quase R$ 19 bilhões. Todos os outros produtos somam 7% do VBP estadual e movimentaram mais de R$ 12 bilhões em 2021.

Protagonismo da soja e do milho

A importância da soja e do milho é tanta que na safra 2022/2023 o Estado deve produzir mais do que a Argentina. A estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) é de que o Estado colha 43 milhões de toneladas nessa safra, enquanto o país vizinho latino-americano, afetado por intempéries climáticas, colha 34,5 milhões. O rendimento da soja deve ser recorde na safra 2022/2023, chegando a 60,43 sacas por hectare (sc/ha)

Em relação ao trigo, o Imea estima que Mato Grosso terá safra recorde, com 43,4 milhões de toneladas colhidas, enquanto a Argentina deverá colher pouco menos de 43 milhões de toneladas. A comparação com o país vizinho mostra a importância do agronegócio de Mato Grosso para o PIB brasileiro.

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Produção de soja e milho mato-grossense pode ultrapassar a argentina na safra 2022/2023. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Geração de empregos

Dados do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) estimam que Mato Grosso tenha cerca de 187 mil pessoas empregadas no agronegócio. Destas, 40% atuam na agroindústria, principalmente em setores como abate e preparação de carnes e pescados, produção de laticínios e açúcar, além de fabricação de biocombustíveis, bebidas e produtos de madeira.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, em 2022, Mato Grosso criou 57.354 novos postos de trabalho. Foram 587.317 trabalhadores admitidos contra 529.963 demitidos, em percentual positivo de 7,33%. A agropecuária foi o terceiro setor que mais abriu vagas, com 7.609 novos empregos. Em primeiro lugar ficou o setor de serviços, com 27.602 novos postos, seguido do comércio, com 14.193 novas vagas. As cidades que mais contrataram foram Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Sorriso.

Novas perspectivas logísticas

A produção estadual sofre o gargalo logístico, e a dependência do transporte rodoviário brasileiro pode ter melhorias em um futuro próximo. Foi aprovada, em setembro de 2021, a construção da ferrovia estadual entre Rondonópolis e Cuiabá. Com isso, deve ser criado um corredor logístico no Estado, conectando as cidades citadas e outros 14 municípios com grande produção agrícola: Lucas do Rio Verde, Jaciara, Juscimeira, Dom Aquino, São Pedro da Cipa, Campo Verde, Santo Antônio de Leverger, Santa Rita do Trivelato, Planalto da Serra, Rosário Oeste, Nova Brasilândia, Primavera do Leste, Poxoréo e Nova Mutum.

A obra foi iniciada em junho de 2022 e deverá escoar boa parte da produção agrícola de Mato Grosso para o porto de Santos (SP).

Para saber mais dos resultados e da realidade do agronegócio de Mato Grosso e da importância dele para o cenário brasileiro, confira o painel de debate realizado pelo Estadão Blue Studio. O conteúdo aborda os desafios para o futuro do segmento no Estado.

Fonte: Conab, SEDEC Mato Grosso, Assembléia Legislativa MT, Federação da Indústrias do Estado do Mato Grosso, Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, SEFAZ MT

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