Estamos já imaginando a melhor campanha publicitária do agribusiness a ser feita no planeta, exatamente por brasileiros.
O início está surpreendente. O Brasil mostrará ao mundo o espelho de cada país que foi construído nos trópicos pelos ancestrais de cada povo. Portanto o alimento, a agroenergia, os produtos originados dos solos, águas e mares brasileiros guardam pedaços de corações e mentes de cada imigrante que aqui se misturou possibilitando a mais espetacular “melting pot” global. O sociólogo italiano Domenico de Masi nos está inspirando como criadores da campanha para essa visão de uma plataforma em que “aqui cada produto brasileiro tem partes do mundo inteiro”. Imagine isso no jornal inglês The Guardian!
O símbolo mais querido e com mais forte empatia na tradução do agronegócio mundial são as famílias agrícolas. Os consumidores, a juventude, todas as tendências de consumo pedem pelo natural, pelo humano. Um negócio de pessoas para pessoas. No Brasil, mais da metade da produção de alimentos é feita por cooperativas com mais de 1 milhão de famílias agrícolas. Imagine no jornal Le Monde, da França, algo assim: “Mais de 1 milhão de famílias agrícolas do Brasil reunidas em cooperativas produzem alimentos para todas as famílias do planeta”.
O Brasil é um dos raros países que consegue produzir alimentos em seis diferentes biomas. Criamos a agricultura de baixo carbono, o sistema Integração Lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o plantio direto praticamente universal. Aqui no Brasil nós beijamos o solo como uma verdadeira mãe gentil.
Imagine no New York Times algo assim: “Temos a melhor agricultura regenerativa do mundo e agradecemos a todos os países do mundo por isso”.
E vale contar um pouquinho de como fomos aprender isso. De verdade, por meio da Embrapa, de visionários como o ex-ministro Cirne Lima, Alysson Paolinelli, saímos mundo afora aprendendo com todos para tropicalizar esse conhecimento. Obrigado a todos os agricultores da Terra.
Carne e grãos carbono neutro não serão jamais ficção, fazemos no Brasil e aqui está a comprovação.
Olha só o impacto disso no China Daily, da China, e no The Asahy Shimbun, do Japão! E tudo remetendo para uma base virtual denominada “Brazilagricitizenship” (afinal, agronegócio virou agrocidadania acima de tudo) em que a rastreabilidade e documentos científicos comprovam a produção carbono neutro.
Agora, importante na comunicação com nossos clientes mundiais, jamais pecar pela arrogância, ou a “egonomia”. Portanto, precisamos assumir que não somos perfeitos, mas que amamos a busca pela perfeição. Temos o Cenargen, o quarto maior banco genético do mundo, e ele está à disposição da segurança alimentar de todos; temos o Código Florestal rigoroso e precisamos fazê-lo cumprir. Exemplos ótimos, como no Estado de São Paulo, onde 100% de todas as propriedades agrícolas já estão regularizadas no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Vamos perseguir esses índices para o País todo. O Brasil é o único país que tem nome de árvore, amamos árvores e vamos ajudar a reflorestar o planeta inteiro. E nossa indústria de árvores plantadas é benchmarking para todas as ONGs.
E aí já lançamos a missão “plante um Brasil onde quer que você esteja ou irá”. Faremos de árvores in vitro, a muda brasileira símbolo do amor às árvores, e será o nosso maior “gift”. O brinde da campanha. Imagine o The Times of India distribuindo as árvores brasileiras in vitro como mensagem de vida e saúde para todos os indianos (claro que com aprovação dos órgãos de segurança sanitária dos países).
Mas nem só de alimentos vive a humanidade. Temos flores e precisamos relembrar a todos, inclusive ao país que tem um dos melhores agronegócios do planeta e a universidade de ciências agrárias número 1 do mundo, a Holanda, que temos sim, aqui neste solo tropical, com forte presença dos imigrantes holandeses a quarta maior cooperativa de flores e plantas do mundo, a Holambra. E pertinho dela a quarta melhor universidade de ciências agrárias também do planeta, a Esalq.
Imagine isso no De Telegraaf holandês, no El país da Espanha?
E muito ao contrário de colocarmos sustos nos agricultores dos nossos países consumidores e clientes, dizendo que fazemos tudo aqui muito melhor, sem subsídio como eles, e sem desmatar como eles já desmataram tudo, ou seja, ao contrário dessa ignorância que nos faz mal, pois antes de tudo o mundo é nosso freguês, e os seus agricultores também são em boa parte quando imaginamos as rações e no cinturão tropical do planeta onde temos ciência e tecnologia para dar e vender. Então, imagine em Bruxelas, capital da União Europeia, no The Brussels Times, algo assim: agricultores europeus nossa admiração, seremos 10 bilhões de habitantes e iremos alimentar a todos. Brasileiros e europeus, juntos para o mundo.
E claro a mãe África, a força e a bravura da mulher africana, e o quanto temos de identidade com esse continente. Brasil um país continental que parece estava coladinho na África. O Brasil de todas as raças, de negros, índios e de um começo com os mamelucos.
O Brasil não quer apenas vender alimentos, açúcar, energia para a África, quer que todos os países africanos também busquem seu empreendedorismo e cooperativismo no agronegócio. Missão África Brasil, ciência, tecnologia, educação e cooperativismo, alimento afrobrasileiro para a segurança da vida no planeta com sustentabilidade. Imagine isso nos jornais africanos e nos países de gigantescas populações como Indonésia e toda Ásia.
É lógico sem se esquecer da nossa América Latina, aqui coladinho e que pouca atenção damos.
América Latina, nos brasileiros
Também somos latino-americanos
Com vivas aos americanos do norte, a lusofonia da língua portuguesa e até norte da Austrália somos todos tropicalistas.
Claro, já começamos a criação dessa campanha e convocamos você para irmos juntos criar. Músicas, filmes, alegria, alma tropical e paz, muita paz, como sempre nos relembra o grande mentor ex-ministro Roberto Rodrigues.
Com futebol, nossos campeões olímpicos e paraolímpicos, café, frutas, agroindústria, sucos, lácteos, carnes, ovos, etanol, biogás, biodiesel, marcas e um gigantesco coração, o brasileiro e música, muita música popular brasileira fazendo o samba na avenida dos supermercados do mundo e mostrando a todos o símbolo da natureza mais lindo do planeta na geografia do rio, o Pão de Açúcar.
Pão, pois tem a forma de um pão. Açúcar, pois aquele Porto cheirava a açúcar nos carregamentos que por ali saiam para o mundo nos primórdios. Os marinheiros diziam: o Porto do pão do açúcar…
Faremos então o Rock in AgroRio.
Quais celebridades mundiais virão participar desta campanha? Muitas já consigo imaginar. E claro aqui no Brasil páginas duplas no nosso Estadão mais Estadão Blue Studio. Imagine o Brasil sendo percebido assim!
Imagine, just imagine.