É dia dele, o agricultor
Hoje, dia 28 de julho, comemora-se o Dia do Agricultor, este profissional que contribui fortemente para impulsionar a economia do País – basta lembrar que pouco mais de um quarto, ou 26%, do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020 foi representado pelo agronegócio, de acordo com dados compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Na balança comercial, os produtores rurais também podem se orgulhar de garantir o saldo positivo do indicador há anos – não fosse o campo, que em 2020 faturou US$ 100,8 bilhões em exportações, a conta seria deficitária.
Justamente pelo peso do setor, governo e iniciativa privada cada vez mais voltam suas atenções para o agronegócio, a fim de proporcionar um crescimento conjunto, seja da economia, seja dos investidores, e, claro, do próprio produtor rural. Para o atual Plano Safra, referente ao ciclo 2021/22, por exemplo, o Ministério da Agricultura alocou R$ 251,2 bilhões em crédito, montante 6,3% maior ante o da temporada anterior – lembrando que o orçamento federal segue bastante apertado.
São recursos voltados prioritariamente ao pequeno e ao médio produtor rural, avisa a ministra Tereza Cristina neste caderno, em entrevista exclusiva. Ela lembra, porém, que os grandes agricultores poderão contar com um maior número de ferramentas e instituições financeiras interessadas em financiá-los. Nesta safra, 12 bancos destinaram recursos para o agro. Tereza Cristina garante, ainda, que continuará a buscar mais verba para uma ferramenta essencial, que protege a renda no campo: o seguro rural.
Assim como o crédito para custeio e investimento avança safra após safra, a tecnologia começa a ser “sinônimo” de produção agropecuária no Brasil – sem ela, jamais o País figuraria entre os maiores fornecedores globais de alimentos. Prova disso é a pesquisa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), que revelou que o agricultor avança no uso da web e se utiliza dela para inúmeras atividades do dia a dia, como comprar insumos, vender a produção e monitorar lavouras, do plantio à colheita.
Também graças à conectividade e a outra palavra semelhante, conexão, produtores de alimentos orgânicos no interior de São Paulo ampliam vendas. A partir de um aplicativo criado pela startup Raízs, eles se comunicam diretamente com o consumidor, realizando vendas diretas, que só cresceram em plena pandemia de covid-19. E assim o campo – tendo como personagem principal o produtor rural – avança.
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