“Queremos colocar o Brasil no mapa do cacau de qualidade”
29 de setembro de 2017
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Essa é a principal bandeira do Centro de Inovação do Cacau (CIC), que tem como diretor-científico o biólogo e doutor em Genética e Biologia Molecular Cristiano Villela Dias O CIC surgiu em 2016 com o objetivo de posicionar o Brasil no mercado mundial de cacau e chocolate de qualidade. À frente do órgão, Dias tem […]
Essa é a principal bandeira do Centro de Inovação do Cacau (CIC), que tem como diretor-científico o biólogo e doutor em Genética e Biologia Molecular Cristiano Villela Dias
O CIC surgiu em 2016 com o objetivo de posicionar o Brasil no mercado mundial de cacau e chocolate de qualidade. À frente do órgão, Dias tem o desafio de entender os pré-requisitos para que o País entre no seleto grupo de produtores de amêndoas premium da Organização Internacional do Cacau, ICCO na sigla em inglês. Abaixo, os principais trechos da entrevista. Quando surgiu o Centro de Inovação do Cacau? Em 2016 como um elemento estratégico na valorização da amêndoa de cacau e do chocolate brasileiro, promovendo a qualidade, construindo, consolidando e difundindo conhecimento sobre cacau e chocolate com foco na melhoria da produtividade, qualidade e rastreabilidade das amêndoas. É um órgão ligado a quem? É uma iniciativa do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia (PCTSul). Idealizado por cinco instituições – UFSB, UESC, CEPLAC, IFBA e IFBaiano, o CIC teve apoio fundamental do Instituto Arapyaú e da Universidade Estadual de Santa Cruz no seu processo de implementação. Atualmente, está localizado na UESC por meio da Broto, incubadora de biotecnologia. O Instituto Arapyaú e o presidente da Harald, Ernesto Ary Neugebauer, são seus principais fomentadores. Além deles, existe uma grande contrapartida da UESC, que fornece todo o suporte de infraestrutura e apoio operacional. Quais as competências do CIC? Trata-se de um laboratório dedicado à prestação de serviços a produtores de variados portes e à indústria processadora. São testes de qualidade para detectar defeitos, classificar e avaliar a fermentação, medir o nível de acidez, percentual de gordura, índice de oxidação de gordura e vários outros. A partir de setembro, a expectativa é oferecer também análises sensoriais e formulação de chocolates. Com laudos em mãos, os produtores de boas amêndoas podem pedir preços mais justos por seus produtos no mercado internacional. Além disso, pode ser feito o controle dos lotes, de acordo com as variedades do cacau e o tipo de fermentação das amêndoas, detalhamento que já acontece no mundo do café especial. E as principais bandeiras? A principal é colocar o Brasil no Mapa dos países produtores de cacau de qualidade. Também temos a pretensão de sermos uma entidade certificadora da qualidade do cacau e do chocolate artesanal brasileiro.![](http://especiais.estadao.com.br/canal-agro/wp-content/uploads/2017/09/Captura-de-Tela-2018-09-04-às-09.30.40.png)