Cada vez mais verde

26 de maio de 2021 2 mins. de leitura
Iniciativas em logística, tecnologias em máquinas agrícolas e desenvolvidas por startups, tratos culturais no campo e no pasto e políticas públicas dão suporte a um agronegócio que produz e preserva

Tecnologia não falta no agronegócio brasileiro e, cada vez mais, ela vem sendo desenvolvida no sentido de garantir a conservação dos recursos naturais – sem deixar de lado a rentabilidade e o bem-estar social.

Iniciativas surgem de todos os lados e em vários setores – como a logística, com aportes no modal ferroviário que, além de ser mais econômico, contribui para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Grandes projetos de ferrovias em andamento no País – sobretudo em Mato Grosso, o maior Estado produtor de grãos – prometem revolucionar o transporte de commodities agrícolas no curto e no médio prazos, com o adicional de já nascerem com um “carimbo verde” para atrair investidores externos. 

Produtores, por sua vez, contribuem aderindo a práticas sustentáveis no cultivo de grãos – entre elas, plantio direto na palha, rotação de culturas, integração lavoura-pecuária-floresta e manejo integrado de pragas – e também na pecuária, com o uso, por exemplo, de energia solar para atender às necessidades de fazendas leiteiras. 

Já as empresas – tanto as de grande porte, como montadoras de máquinas agrícolas, quanto as jovens startups – colaboram com o meio ambiente desenvolvendo equipamentos, ferramentas e insumos que poupam recursos, melhoram a gestão e elevam a produtividade nas lavouras e no pasto, reduzindo a pressão sobre florestas nativas, solo e água. 

Órgãos oficiais também têm feito sua parte, ao instituir políticas públicas que facilitam a regularização ambiental dos produtores rurais, como a análise dinamizada do Cadastro Ambiental Rural (CAR), lançada recentemente pelo Ministério da Agricultura. O mesmo ministério procura manter um diálogo mais próximo com a China – principal comprador de commodities agrícolas brasileiras –, abrindo espaço na pasta para especialistas no gigante asiático, como Larissa Wachholz, nossa entrevistada e assessora especial da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para assuntos chineses. 

Larissa, aliás, avisa: as exigências da China quanto à sustentabilidade dos produtos que compra serão crescentes e afetarão todos os seus fornecedores. A boa notícia é que o campo brasileiro vem respondendo – há tempos – a essa demanda e tem muita coisa boa para mostrar nesse sentido, garante.

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