“The Economist”diz que Brasil pode salvar ou destruir Amazônia

2 de agosto de 2019 3 mins. de leitura
Em reportagem de capa, revista britânica afirma que ‘o mundo deveria deixar claro a Bolsonaro que não tolerá seu vandalismo’
Revista britânica traz na capa o tema “Velório da Amazônia” e critica o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro

Tema polêmico dentro do País, que esteve na pauta das negociações comerciais para um acordo do Mercado Comum do Sul (Mercosul) com a União Europeia (UE) e em conversas entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e líderes europeus no G-20, o futuro da Amazônia está na capa da revista britânica The Economist. Para a publicação, o Brasil tem o poder de salvar ou destruir a maior floresta da Terra. Clique aqui para acessar a tradução da reportagem completa.

Após traçar um histórico da relação da humanidade com as florestas, o texto ressalta que elas ainda são um meio de subsistência para 1,5 bilhão de pessoas e um amortecedor frágil contra as mudanças climáticas. Agora, aponta a publicação, secas, incêndios florestais e outras mudanças induzidas pelo homem estão aumentando os danos causados pelas motosserras.

“Os brasileiros devem pressionar seu presidente para reverter o curso da situação. Eles foram abençoados com um patrimônio planetário único”, ressaltou a revista britânica

“Nos trópicos, que contêm metade da biomassa florestal do mundo, a perda de cobertura florestal se acelerou em dois terços desde 2015; se fosse um país, o encolhimento faria da floresta tropical o terceiro maior emissor de dióxido de carbono do mundo, depois da China e dos Estados Unidos”, comparou.

Na sequência, a reportagem fala da Bacia Amazônica, que contém 40% das florestas tropicais da Terra e abriga de 10% a 15% das espécies terrestres do mundo.

“A maravilha natural da América do Sul pode estar perigosamente próxima do ponto de inflexão além do qual sua transformação gradual em algo mais próximo do estepe não pode ser impedida ou revertida”, trouxe o semanário.

Para a revista britânica, Bolsonaro  está apressando o processo – em nome, afirma, do desenvolvimento. “O colapso ecológico que suas políticas podem precipitar seria sentido com mais intensidade nas fronteiras de seu País, que circundam 80% da bacia – mas também irá muito além delas”, trouxe a Economist, acrescentando que isso deve ser evitado. Confira a íntegra da reportagem de Célia Froufre, correspondente em Londres, para O Estado de S. Paulo.

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