Atvos investe em canaviais para aumentar produção

13 de agosto de 2018 5 mins. de leitura
Empresa de produção e comercialização de biocombustíveis do grupo Odebrecht irá expandir a área de cana-de -açúcar na próxima safra A Atvos, braço sucroenergético do grupo Odebrecht, investirá R$ 600 milhões na safra de cana-de-açúcar 2018/19. Alexandre Perazzo, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da companhia, diz que o aporte será feito em renovação e […]

Empresa de produção e comercialização de biocombustíveis do grupo Odebrecht irá expandir a área de cana-de -açúcar na próxima safra

A Atvos, braço sucroenergético do grupo Odebrecht, investirá R$ 600 milhões na safra de cana-de-açúcar 2018/19. Alexandre Perazzo, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da companhia, diz que o aporte será feito em renovação e expansão de canaviais, equipamentos agrícolas e aprimoramentos industriais. Dos 50 mil hectares que a empresa cultivará neste ciclo, 12,8 mil serão de cana nova, a maior expansão registrada pela Atvos desde 2015. A ideia é operar todas as nove unidades agroindustriais com capacidade máxima de moagem. As usinas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás têm capacidade instalada para processar 36,8 milhões de toneladas de cana ano, mas a moagem em 2017/18 foi de 25,8 milhões de toneladas. » Engajada. Com o Grupo Odebrecht envolvido na Operação Lava Jato, a Atvos assinou a carta compromisso do Movimento Empresarial pela Integridade, Transparência e Combate à Corrupção. Foi a primeira empresa do setor de bioenergia a fazer isso. Lançada pelo Instituto Ethos, a iniciativa reúne 37 empresas que querem construir a agenda para uma cultura de integridade nas companhias, instituições públicas e sociedade. “A Atvos sabe da sua responsabilidade para engajar toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar nessa agenda de integridade empresarial”, diz Luiz de Mendonça, presidente da companhia. » Sondagem. A Cargill conversa com interessados em comprar a Cevasa, unidade produtora de açúcar e etanol da companhia no município de Patrocínio Paulista, interior de São Paulo. As negociações são preliminares, os valores não foram postos à mesa, mas reuniões com outras usinas já ocorreram. A Cargill informa que “não comenta rumores de mercado”. » De mudança. A Kemin do Brasil, de produtos para nutrição e saúde animal, investirá R$ 90 milhões na construção de mais um centro de operações no País. A companhia tem planta industrial, laboratórios e o setor administrativo em dois prédios em Indaiatuba (SP) e está em fase de definição de uma nova área na região metropolitana de Campinas (SP), onde se instalará no futuro. Em três anos, desde 2015, a Kemin dobrou de tamanho no País, meta antes prevista para ser atingida em cinco anos. » Só prioridades. Entidades do agronegócio acreditam que haja espaço para a votação no Congresso de apenas dois projetos de lei até o fim de 2018. O primeiro é o que altera a regulamentação sobre o uso de agrotóxicos e, o segundo, que trata do licenciamento ambiental. Com as eleições e o cenário político conturbado, é consenso que não há espaço para emplacar um número maior de propostas. » De olho na carne. Pedro Freitas, sócio de mercado de capitais da XP Investimentos, vê potencial no setor de proteína animal para novas emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). A XP estruturou a oferta da Minerva, que, entre as três grandes empresas que atuam em carne bovina, é a única com esse tipo de dívida. “Queremos fazer CRA também para outros players menores do setor”, diz à coluna. Segundo Freitas, empresas com boa estrutura de governança corporativa e balanço auditado são candidatas desse mercado. » Novos alvos. A nova regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre CRA, publicada no início do mês, deve ampliar o interesse de investidores por financiar o agronegócio. Freitas explica que agora os CRAs de companhias de capital aberto podem ser adquiridos pelo público em geral. Antes, o produto estava restrito a investidores qualificados, que aplicam mais de R$ 1 milhão, ou profissionais. “Isso abre a porta para vários investidores”, diz. » Sobra nada. A M. Dias Branco reduziu, no 1.º semestre, 15% dos resíduos da produção de biscoito e macarrão na unidade de Jaboatão dos Guararapes (PE) transformando as sobras em farelos para ração animal. O diretor industrial, Maurício Araújo, diz que o projeto tende a ser replicado em outras unidades. A ideia é até o fim do ano diminuir em 30% a geração de resíduo. » Tem mais. Araújo não revela o faturamento obtido com a venda do farelo para ração, mas conta que o valor de venda do subproduto hoje é 650% superior. Antes, os resíduos da fábrica eram vendidos na região sem nenhuma preparação específica. » Pressão. Parte dos moinhos paulistas tem evitado mexer nos preços da farinha, mas a tendência é de que haja alta ainda este ano para acompanhar a valorização do trigo em grão. O presidente da Câmara Setorial de Trigo de São Paulo, Maurício Ghiraldelli, diz que o cereal da Argentina, onde a indústria complementa o abastecimento, deve ter reajuste de US$ 10 por tonelada. “Haverá quebra na produção global e, mesmo durante a safra do Brasil, os valores da matéria-prima estarão em um patamar elevado”, diz, sem estimar um porcentual de reajuste.  

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