PL dos pesticidas pode ser aprovado em 2019

22 de outubro de 2018 2 mins. de leitura
Setor acredita que o projeto de lei pode ser passar pelo Congresso no primeiro semestre do próximo ano
A indústria de defensivos agrícolas acredita na aprovação do projeto de lei que regula seus produtos ainda no primeiro semestre de 2019. Para o setor, a nova formação do Congresso não deverá ser um problema. É que mesmo com mais da metade dos atuais parlamentares que integram a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) não reeleita, importantes defensores do texto, como o relator Luiz Nishimori (PR-PR) e a presidente da FPA, Tereza Cristina (DEM-MS), garantiram vaga no Parlamento. A vantagem nas pesquisas eleitorais do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) também alimenta o otimismo. “Se entrar no Ministério da Agricultura alguém comprometido com o setor, as chances de aprovação são boas”, diz Mário Von Zuben, diretor executivo da Andef, associação que reúne as maiores empresas do ramo. Por garantia, a entidade vai reforçar o “trabalho educativo” junto aos recém-eleitos, por meio da própria FPA.O PL propõe mudanças na análise de novos pesticidas que, segundo a Andef, reduziriam o prazo de registro para dois anos – hoje chega a oito – e permitiria o acesso do agricultor a produtos mais eficientes. » Ponderação. Questionado sobre a hipótese de fundir os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, aventada pela equipe de Bolsonaro, Von Zuben é cauteloso. “A partir dessa ideia, se assume que tudo referente ao meio ambiente diz respeito à agricultura. Mas infraestrutura urbana não tem a ver com o agronegócio e envolve questões ambientais. » Retorno. Após obter receita de US$ 8,89 bilhões com a venda de defensivos agrícolas no Brasil em 2017 (queda de 7% ante 2016), a indústria deve ter faturamento levemente maior neste ano, diz Von Zuben. Além dos estoques mais enxutos junto a distribuidores de insumos, a safra volumosa colhida no País e os bons preços pagos pelos grãos estimularam investimentos. “Devemos ver um começo de recuperação dos negócios”, projeta. » Silêncio. Diversas entidades que representam setores do agronegócio evitam falar sobre possíveis interlocuções com membros da equipe de Jair Bolsonaro. Uma dessas lideranças diz à coluna que a estratégia é se aproximar da equipe de transição somente após o resultado final das eleições e colocar os pleitos “em cima da mesa” por intermédio da FPA.

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