“Sem glifosato não há plantio”, diz ministro

20 de agosto de 2018 2 mins. de leitura
Blairo Maggi diz que suspensão do herbicida inviabilizará o plantio ou estimulará a desobediência da ordem judicial O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou ontem que uma eventual proibição do uso do glifosato impediria o plantio de 95% da área de soja, milho e algodão, as três maiores culturas anuais do País. O ministro sugeriu […]

Blairo Maggi diz que suspensão do herbicida inviabilizará o plantio ou estimulará a desobediência da ordem judicial

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou ontem que uma eventual proibição do uso do glifosato impediria o plantio de 95% da área de soja, milho e algodão, as três maiores culturas anuais do País. O ministro sugeriu ao agricultor desobediência de ordem judicial que proíba o herbicida, amplamente utilizado no trato das culturas. “É muito importante dizer: não há saída sem o glifosato; ou não planta, ou faz desobediência da ordem judicial”, disse Maggi após participar do Congresso Mundial de Solos, no Rio de Janeiro (RJ). O ministro citou a decisão liminar da juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara do Distrito Federal, que concedeu tutela antecipada para que a União suspenda a partir de 3 de setembro o registro de defensivos, entre eles os a base de glifosato. Ele afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) já recorreu dessa decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Segundo o ministro, em nota, a produção brasileira tem capacidade de dobrar e atender as necessidades dos compradores externos, mas precisa cumprir com os seus compromissos. Ele citou como exemplo o caso da Rússia, que exige a carne suína sem a presença da ractopamina – um indutor de crescimento usado no mundo inteiro, mas não aceito pelo mercado russo. “Foi feito um acordo entre as empresas privadas dos dois países, sem a participação do governo, para a venda da carne sem a ractopamina, mas alguém não cumpriu e estamos enfrentando problemas com os russos por causa disso”, disse. Sobre mudanças que já ocorrem, Ana Paula Vidal, da Associação Brasileira de Criação de Suínos (ABCS), disse que o setor conseguiu desburocratizar processos em sanidade animal, o que elevou a exportação de genética suína. “Em 60 dias devemos ver destravadas novas venda para a América Latina”, previu, ainda conforme a nota do Ministério.

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