Brasil deve se consolidar como o 2º maior exportador de algodão

18 de setembro de 2019 2 mins. de leitura
A previsão está no relatório trimestral do banco de investimentos Rabobank; o desafio do segmento será a logística para escoar a safra
Brasil deve colher 2,7 milhões de toneladas de algodão na safra 2018/2019  (Foto: Getty Images)

O banco de investimentos Rabobank elevou a sua estimativa para a produção brasileira de algodão de 2,6 milhões para 2,7 milhões de toneladas no ciclo 2018/19. A revisão integra o relatório trimestral de perspectiva para as commodities agrícolas do banco.

Com a colheita recorde, informa o Rabobank, as vendas externas do País também devem registrar crescimento expressivo. “Impulsionadas por esse elevado volume, taxa de câmbio e o quadro de guerra comercial entre chineses e americanos, as exportações brasileiras devem ser as maiores da história – estimadas em 1,5 milhão de toneladas nesse ciclo – consolidando o País como o segundo principal exportador mundial, atrás apenas dos Estados Unidos”, projeta a instituição financeira no documento.

O principal desafio do setor será a logística para escoar a produção de algodão

Na avaliação do banco, com a previsão de recorde de exportações, o principal desafio do setor será a logística para escoar a produção. Segundo o banco, entre as alternativas para os exportadores estão o alongamento da janela de embarques do Porto de Santos, no litoral paulista, e testes de envio pelos portos do Arco Norte, na Região Norte do País.

Para a safra 2019/20, o Rabobank considera que o recuo nos preços internacionais da pluma, negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), podem limitar o cultivo da fibra no Brasil e interromper a sequência de expansão de área observada nas duas últimas temporadas. “Em setembro/2018, os contratos futuros para dezembro/2019 estavam em patamares de US$ 0,78/libra-peso.

Olhando para a próxima safra 2019/20, as cotações no mercado futuro para dezembro/2020 estão próximas de US$ 0,60/lp”, explica o banco. Ainda segundo a instituição financeira, a valorização do dólar ante o real tem sido o único fator a limitar quedas mais acentuadas nas cotações do algodão brasileiro, por tornar as exportações mais atraentes.

Isadora Duarte – Broadcast Agro

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