Abate de suínos na China abre oportunidades para o Brasil

9 de maio de 2019 2 mins. de leitura
A peste suína africana, doença causada por um vírus, vem levando os chineses a sacrificar parte significativa de seu rebanho, o que abre espaço para aumentar as exportações brasileiras de carnes para o gigante asiático
Carne suína é a mais consumida na China
O avanço da peste suína africana na China, com perdas estimadas neste ano de 35% na produção do país, deve ampliar a exportação dos produtores brasileiros de proteína animal (suínos, aves e bovinos). A crise no país asiático, maior consumidor e produtor de carne de porco no mundo, também acende o sinal de alerta entre os economistas quanto a possíveis aumentos de preços e reflexos na inflação no Brasil. “Nos novos negócios de exportação de carne suína fechados já existe um aumento de preço de US$ 1 mil por tonelada na comparação com três meses atrás”, contou Ricardo Santin, diretor executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Para o executivo, que representa os produtores de suínos e frangos, os efeitos da doença significam uma “quebra de paradigma” no mercado de proteína animal, já que a China responde por metade da produção de carne de porco do mundo. Com isso, tanto o Brasil quanto outros países devem ter suas vendas para o mercado asiático impulsionadas. José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, observou um avanço nas vendas externas de suínos em abril. As exportações brasileiras de suínos totais cresceram 51,4% em valor em comparação com abril de 2018 e atingiram US$ 110 milhões. “A tendência é subir mais.” O cenário, na sua opinião, é favorável, pois o Brasil vai reduzir vendas de soja e farelo para China e ampliar as carnes, que são produtos de maior valor agregado. Confira a íntegra da reportagem de Márcia De Chiara e Augusto Decker para o Estado.

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