O agronegócio tem aproveitado muitos avanços científicos realizados em universidades e institutos de pesquisa. O melhoramento genético é um deles. Engana-se quem pensa que é uma técnica nova. Na verdade, há milênios o ser humano tem testado formas de melhorar a qualidade genética das plantas.
O melhoramento genético envolve técnicas científicas que são usadas em plantas e animais para obter exemplares ou indivíduos com certas características desejadas. Em resumo, é a alteração intencional da genética de seres vivos. Entram nisso, por exemplo, frutas sem sementes, flores com cores específicas e animais que produzem leite com maior qualidade.
A ideia de modificar geneticamente animais e plantas visa aprimorar a produção agropecuária com espécimes mais preparados para lidar com doenças e questões climáticas. Um exemplo é o desenvolvimento de vegetais que necessitam de menos defensivos químicos. Uma das propostas do uso do melhoramento genético no agronegócio é reduzir os custos e, por consequência, ampliar o acesso das pessoas aos alimentos.
O melhoramento genético na agricultura existe há muito tempo e está associado ao surgimento dessa prática cultural. Atualmente, existem técnicas avançadas de cruzamento genético que criam frutas e vegetais com mais qualidade. Isso é feito a partir da engenharia genética, que seleciona genes com características desejadas e os incluem em uma nova planta.
Esses métodos geram alimentos com características consideradas mais atraentes aos consumidores, como sabor mais apurado e exemplares sem sementes. Outra vantagem desse cultivo é que ele pode resultar em maior preservação do meio ambiente, já que essas plantas necessitam de menos água na diluição de produtos ou menos combustível usado em pulverizadores.
Já na pecuária, o melhoramento genético visa criar um rebanho com características consideradas mais positivas. Pode-se, por exemplo, diminuir a frequência de genes associados a certas doenças do gado ou buscar a criação de animais com carne de melhor qualidade.
O processo de melhoramento genético em animais é feito em duas etapas: pela seleção de reprodutores com características genéticas e por sistemas de acasalamento. Esta é a maneira mais rápida e eficiente de controlar os atributos da prole.
Todo esse processo precisa ser desenvolvido e executado de maneira controlada por pesquisadores e cientistas. No caso de plantas, os riscos são de criação de vegetais que causem reações alérgicas e sejam mais resistentes a pesticidas. Nos animais, pode haver a geração de indivíduos com problemas fisiológicos e comportamentais.
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